Companhias aéreas cancelam voos para Orlando devido à chegada do furacão Milton

As companhias aéreas Gol, Latam e Azul cancelaram diversos voos com destino a Orlando, na Flórida, nesta quarta, 9, e quinta-feira, 10, em função da aproximação do furacão Milton, previsto para ser uma das tempestades mais perigosas a atingir os Estados Unidos. O fechamento temporário do Aeroporto Internacional de Orlando (MCO) e de outros cinco aeroportos da Flórida levou à suspensão de mais de 1.700 voos.

Cancelamentos e reacomodações

Gol cancelou seis voos partindo de Brasília e Fortaleza para Orlando. Para minimizar o impacto aos passageiros, a companhia aumentou a operação no sábado, 12, e orientou os clientes a verificarem as mudanças por meio dos contatos fornecidos no momento da reserva. Aqueles que desejarem remarcar ou cancelar sem custos adicionais podem fazê-lo, conforme as regras vigentes. A Gol destacou que os voos entre Brasília e Miami não sofrerão alterações.

Latam também suspendeu voos programados entre São Paulo/Guarulhos e Orlando. A empresa recomendou que os clientes verifiquem o status de seus voos no site e informou que a alteração de data ou o reembolso pode ser solicitado sem multas, de acordo com as condições da tarifa adquirida. Além disso, a Latam oferece flexibilidade nas mudanças de datas para voos entre 9 e 10 de outubro em Miami.

Azul cancelou oito voos com origem ou destino em Orlando. A empresa está reacomodando os passageiros em outros voos disponíveis e aconselhou que os clientes verifiquem o status de seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto, por meio do aplicativo ou do site da companhia.

Impacto do furacão Milton

A chegada do furacão Milton à Flórida tem gerado apreensão. Com ventos que já chegaram a 281 km/h, a tempestade, classificada inicialmente como categoria 5, deverá trazer fortes chuvas e ventos intensos. O Aeroporto de Orlando e outros aeroportos da região permanecerão fechados até, pelo menos, quinta-feira (10), às 15h (horário de Brasília), enquanto as autoridades monitoram a evolução do furacão.

As companhias aéreas continuarão a ajustar suas operações à medida que a situação evolui e reforçam que os passageiros devem acompanhar as atualizações para evitar transtornos adicionais.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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