Compra dos Shoppings Paulista e Higienópolis: Iguatemi conclui negócio histórico por R$ 2,585 bilhões

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Iguatemi e fundos concluem compra dos shoppings Paulista e Higienópolis

Transação saiu pelo valor total de R$ 2,585 bilhões, o que faz dela a maior
compra de shoppings da história local

O Iguatemi e fundos parceiros concluíram, nesta terça-feira (15), o processo de
compra das participações de 55,9% no Pátio Paulista e de 50,1% no Pátio
Higienópolis, colocadas à venda pela Brookfield, conforme comunicado.

A transação saiu pelo valor total de R$ 2,585 bilhões, o que faz dela a maior
compra de shoppings da história local, superando a venda de participações em
seis empreendimentos pela Syn no ano passado para o fundo imobiliário XP Malls,
que movimentou R$ 1,85 bilhão.

A negociação entre as partes vinha se desenrolando desde outubro do ano passado.
O Iguatemi foi quem assumiu a compra perante a Brookfield,
liderando um consórcio que envolveu outros compradores. Com isso, dois dos
shoppings mais importantes da cidade de São Paulo trocam de mãos e passam a
integrar a rede de luxo do Iguatemi.

O Iguatemi ficou responsável por R$ 700 milhões na transação, o que lhe deu o
direito de ampliar a sua participação no Higienópolis de 12% para 29%,
permanecendo na administração; além de entrar no Paulista, com 11,5%, e ainda se
tornar a administradora do local a partir de julho. O pagamento acertado foi de
R$ 490 milhões à vista e o saldo restante de R$ 210 milhões nos próximos 24
meses, corrigidos pelo CDI, confirmando os termos já divulgados.

Os outros compradores do consórcio são os fundos de investimentos imobiliários
sob gestão da BB Asset, XP e Capitânia, e a Braz Participações. Juntos, eles
responderão por R$ 1,478 bilhão. O fundo XP Malls – maior do segmento no País –
pagará R$ 240 milhões do total, ficando com 10% do Higienópolis.

A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal,
também participou da transação, mas fora do consórcio. A Funcef já é sócia do
Paulista e exerceu seu direito de preferência, aportando mais R$ 240 milhões,
segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Para chegar ao valor de R$ 2,585 bilhões devido à Brookfield, o Iguatemi ainda
precisa levantar cerca de R$ 170 milhões. A companhia assinou um memorando de
entendimento não vinculante com um fundo de investimento que pretende ficar com
essa parcela remanescente.

No comunicado ao mercado, a companhia afirmou que a aquisição reforça sua
posição como a principal empresa de shoppings em São Paulo.
Ela também é dona dos empreendimentos Iguatemi São Paulo (o mais antigo do
Brasil, em plena Faria Lima), JK (na movimentada esquina da Chedid Jafet com a
Juscelino Kubitschek) e Alphaville, na região metropolitana. “Além de adicionar
dois dos empreendimentos mais rentáveis e sólidos do País ao seu portfólio, este
é mais um passo da companhia na estratégia de qualificação do seu portfólio com
empreendimentos de alto padrão e rentabilidade”, informou.

Venda de ativos

Para fazer frente a esta compra e aliviar o caixa, o Iguatemi anunciou na
segunda-feira (14), a venda de ativos considerados menos importantes do seu
portfólio.

A companhia se desfez de 49% do Shopping Market Place e do edifício Market Place
Towers, em São Paulo, e do Galleria Shopping, em Campinas (SP). O acordo também
incluiu a venda de 24% de um prédio residencial que será construído no Complexo
Market Place e de 16,7% de um prédio comercial a ser feito no Galleria. O pacote
saiu por R$ 500 milhões. O comprador é um fundo imobiliário cujo nome não foi
revelado oficialmente.

A venda servirá para o Iguatemi manter o endividamento sob controle, dentro da
promessa de alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e lucro
operacional) abaixo de duas vezes neste ano. Com isso, não há planos de outras
vendas de ativos no radar.

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