Em Campinas, aumento no volume de vendas foi de 20%
Lojas lotadas de gente comprando brinquedos, eletroeletrônicos, sapatos e roupas, aproveitando que a segunda metade do 13º salário foi paga ontem. Nessa reta final até o Natal a tendência é de aumentar ainda mais o número de clientes nos camelódromos da cidade. Em Campinas, onde um dos mais tradicionais funciona, o administrador Leonardo Guerreiro estima que mais de 500 mil pessoas passem pelo local até o final dos festejos de final de ano. “Se a gente calcular que cada pessoa que entra ali gasta no mínimo 100 reais, significa dizer que as vendas aumentaram em pelo menos 20% a mais que no ano passado”.
O aumento nas vendas em ano de crise econômica é comemorado por ele. Isso porque, conforme explica, existem lojas na cidade toda, lojas de rua, em shoppings e no comércio informal. Ainda assim, comerciantes buscam o camelódromo para efetuar suas compras.
O que aconteceu neste ano de crise, conforme Leonardo Guerreiro, foi que a classe E, que ganhou poder de compra entre os anos 2010-2012, deixou de consumir. “O dinheiro da classe E hoje vai só para o pagamento de contas e alimentação”. Quem consome em ano de crise, segundo ele, são as classes A, B e C, sendo a última com mais presença no comércio popular.
Ele explica que com o pagamento do restante do 13º e com os recessos das empresas entre os dias 22 de dezembro e 2 de janeiro, os clientes devem ir às compras em massa, com toda a família, a partir de amanhã. “Não é que o brasileiro deixe as compras para a última hora. O dinheiro que é pago na última hora”, defende. Para atender este público, o Camelódromo de Campinas vai funcionar em horário especial, das 8 às 21 horas de segunda-feira a sábado e no domingo das 8 às 18 horas.