Comunidade Kalunga do Tinguizal recebe 700 vagas de cursos profissionalizantes

Comunidade Kalunga do Tinguizal recebe 700 vagas de cursos profissionalizantes

A comunidade Kalunga do Tinguizal, localizada no município de Monte Alegre de Goiás, recebe nesta terça-feira (19), o programa Goiás Social. A comunidade será beneficiada com mais de 700 vagas de cursos profissionalizantes dos Colégios Tecnológicos (Cotecs), administrados pela Secretaria da Retomada.

São ofertados cursos nas áreas da agricultura, como agroecologia, doces e compotas, plantas e ervas medicinais, além de cursos em modelagem e costura, biojoias, marketing digital, empreendedorismo e informática básica. Os cursos foram selecionados de acordo com as oportunidades da região, tendo a possibilidade para abertura em novas áreas de atuação.

Os cursos ofertados são uma parceria entre o Gabinete de Políticas Sociais (GPS) e a Retomada, com apoio dos Colégios Tecnológicos do Estado de Goiás (COTEC), rede de ensino operacionalizada pelo Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás (CETT/UFG), que visitaram a comunidade e analisaram as condições da localidade para sediar os cursos planejados. Pequenas reestruturações foram realizadas na rede elétrica e hidráulica da comunidade para garantir a oferta. Essas mudanças não alteraram a base estrutural da localidade, preservando as estruturas erguidas pelos Kalungas de Tinguizal ao longo dos anos.

Diretora do desenvolvimento e avaliação do CETT/UFG, Alethéia Cruz, foi uma das visitantes e destacou a ligação dos Kalunga do Tinguizal e das Tuyas com o seu território como algo capaz de fortalecer a atuação do grupo e gerar novas oportunidades de atuação e renda, sem enfraquecer a sua cultura.

“A beleza de tudo é perceber a força que essas mulheres têm em dizer ‘Queremos estar aqui, não queremos ser expulsas, queremos usufruir da nossa terra, explorá-la de forma diferente. Nós queremos ter outras opções para geração de renda e trabalho’”, descreve a diretora.

A comunidade Kalunga do Tinguizal foi uma das que sofreu com as enchentes que assolaram a região nordeste do Estado em dezembro de 2021 e agora luta por novas oportunidades de atuação e geração de renda, um objetivo que condiz com a atuação do programa Goiás Social. Gerenciado pelo Gabinete de Políticas Sociais (GPS), em parceria com a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), o programa foi lançado em junho de 2021 e, desde então, realiza ações para a superação de carências sociais em diferentes municípios do Estado.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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