Recorde no país, a produção total da safra passada foi de 237,7 milhões de toneladas
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou hoje que o volume de grãos da safra 2017/2018 deverá ser 4,1% menor do que o da última safra. De acordo com a Conab, a produção deve ficar em 227,9 milhões de toneladas. Apesar do recuo, calcula-se que a área de plantio seja 1% maior, abrangendo 61 milhões de hectares. Recorde no país, a produção total da safra passada foi de 237,7 milhões de toneladas.
Com a atualização da Conab, a expectativa é que o cultivo do milho sofra uma queda expressiva, de 5,6%, passando de 97,8 milhões de toneladas para 92,3 milhões de toneladas. Porém, o farto estoque do produto deverá trazer ao consumidor estabilidade no preço. E segundo o secretário de Política Agrícola do ministério da Agricultura, pecuária e abastecimento, Neri Geller isso se deu em função do crescimento da área plantada com soja, por causa de uma expectativa de preço melhor no mercado internacional. “Um milhão de hectares que migrou do milho para a soja na primeira safra”, relata.
Entre as culturas favoritas dos agricultores brasileiros, ao lado do milho, a soja tem, segundo estudo, alcançar uma marca 3,2% inferior a mais recente, caindo de 114,1 milhões de toneladas para 110,4 milhões de toneladas. E para o secretário, a preferência pela oleaginosa pode ser justificada pelo fato de seu ciclo de plantação ser mais curto, embora sua janela de lavoura seja mais restrita.
Estudo
Dados coletados com base nos números de 17 a 23 de dezembro, que também demonstrou que o abastecimento do algodão será o mais abundante, de 1,7 milhão de toneladas, tendo um aumento de 11,4% e ampliação de 11,9% da área de plantio. Os especialistas responsáveis pelo levantamento ressaltaram que o resultado deve-se à escolha de notáveis cultivadores do algodão, como Bahia e Mato Grosso, de destinar à sua semeadura as áreas mais férteis. O algodão por sua vez deve ocupar um milhão de hectares, contra 35 milhões reservados a soja.
Para o arroz, a companhia espera que a próxima safra resulte em 11,6 milhões de toneladas, que anteriormente foi de 12,3 milhões de toneladas da safra 2016/2017, uma redução de 5,7%. Com a diminuição de 2% na produção gaúcha do produto fez o índice despencar. O Rio Grande do Sul destacou a Conab, sendo o estado que responde por 70% da quantidade de arroz cultivada no Brasil. A previsão apresentada pela companhia incluiu também números para o feijão, onde a primeira safra deverá ser de 12,7 milhões de toneladas, 9,2% menor em comparação à safra anterior, de 1,4 milhões de toneladas.