Conclusão da obra do Terminal Isidória é adiada mais uma vez

Há quase três anos os passageiros que utilizavam o Terminal Isidória, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, passaram a usufruir de uma estrutura provisória na Alameda João Elias Caldas. A última promessa era de que a entrega da obra em reforma fosse realizada até o final de maio deste ano. Porém, o prazo não foi cumprido pela Secretária Municipal de Infraestrutura Urbana de Goiânia (Seinfra), que estipulou uma nova data. Agora, a estimativa para a conclusão da reforma que teve inicio em setembro de 2019 e junho de 2022.

A previsão inicial da Prefeitura de Goiânia era entregar o terminal em 12 meses com custo estimado de R$ 12 milhões. Hoje, com quase dois anos de atraso, o orçamento da obra já chega a R$ 15 milhões, segundo a Seinfra. A pasta diz que a fase atual dos trabalhos é de finalização da montagem e aferimento dos sistemas de controle tecnológicos, além de testes das instalações para que o local seja entregue.

O motivo do atraso, conforme a secretaria, se dá devido a problemas contratuais. No início deste ano, por exemplo, a prefeitura precisou negociar com a empresa responsável pela obra para que os serviços fossem retomados. A demora para entregar o terminal, no entanto, vem gerando descontentamento na população, que denunciam alagamentos no local improvisado desde a sua migração. Outro ponto constantemente abordado por usuários e a demora dos ônibus. Ao todo, o local conta com 21 linhas do transporte coletivo, sendo que 12 integram ou passam por lá e outras nove têm o terminal como origem de operação.

BRT

Se por um lado as obras do Terminal Isidória podem terminar em junho, por outro, a retomada das obras do trecho 1 do BRT, entre o Terminal Cruzeiro, em Aparecida de Goiânia e o Terminal Isidória, em Goiânia, não acontecerá antes de setembro deste ano, de acordo com a Seinfra. Isso porque, com a desistência do Consórcio Corredor Norte-Sul composto pelas empresas GAE, JM e Sobrado, em dezembro do ano passado, uma nova licitação terá de ser feita.

O consórcio desistiu do contrato após finalizar apenas 8% da obra alegando impossibilidade de continuar o trabalho depois do aumento dos insumos da construção civil, principalmente do asfalto, cimento e aço. O trecho 1 tem orçamento de R$ 87,4 milhões, sendo R$ 70 milhões por meio do Orçamento Geral da União. O restante será via financiamento a ser pago pela Prefeitura de Goiânia. O consórcio havia arrematado a obra, em processo realizado entre fevereiro e maio de 2020, por R$ 67,6 milhões.

Nota Seinfra

– Com o apoio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), juntamente com a Secretaria Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICTEC) e com a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), vem desenvolvendo ações visando o início da operação do Terminal Isidória para o mês de junho de 2022.

– A fase atual é de finalização da montagem dos sistemas de controle e tecnológicos e aferimento dos mesmos, além de testes diversos das instalações para que o Terminal Isidoria possa ser entregue.

– Quando o prefeito Rogério Cruz se referiu a 97% das obras concluídas, tratava-se das construções, que hoje já estão 100% concluídas, faltando somente os itens acima apontados.

– A Seinfra reforça que a população pode sempre encaminhar reclamações e solicitações pelo aplicativo Prefeitura 24hrs.

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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