Condenado à morte, americano escolhe pelotão de fuzilamento

Condenado à morte, americano escolhe pelotão de fuzilamento

Por oito dias, esteve nas mãos de Richard Moore a decisão de como seria o fim de sua própria vida. O homem de 57 anos, preso na Carolina do Sul, Estados Unidos, foi condenado à morte e forçado a decidir como a execução seria feita. Entre cadeira elétrica e um pelotão de fuzilamento, escolheu a segunda “opção”.

Moore foi condenado por matar um funcionário de uma loja de conveniência em 1999. Segundo informações da rede estadunidense CBS News, o homem afirmou por escrito a decisão de cumprir a pena de morte por meio de fuzilamento. No entanto, não deixou de dizer que nenhum dos dois métodos de execução são constitucionais.

“Não acredito nem admito que o pelotão de fuzilamento ou a eletrocussão sejam legais ou constitucionais. Não acredito que o Departamento de Correções deva certificar que um método prescrito por lei, como injeção letal, não esteja disponível sem demonstrar um esforço de boa-fé para disponibilizá-lo”, disse o homem na carta.

Segundo a CBS, os advogados de Moore apelaram à Suprema Corte do Estado, pedindo para que a morte do prisioneiro fosse adiada. Eles argumentam que os funcionários das prisões não têm se esforçado o suficiente para obter as drogas de injeção letal e que, ao invés disso, vêm forçando os prisioneiros a escolher entre dois métodos absurdos.

Por que ele teve que optar pelo fuzilamento?

A falta de material para a injeção letal vem sendo pauta há anos nos Estados Unidos. No país, a pena de morte continua permitida por lei em 28 estados. Na Carolina do Sul, estado onde Moore está detido, não são feitas execuções desde 2011. Uma lei estadual determina que os condenados podem “escolher” entre a injeção letal e a cadeira elétrica. Uma vez que tivessem optado por um dos métodos, o estado não poderia forçá-los a se submeterem ao outro. A dificuldade de autoridades em encontrarem os materiais necessários para injeção letal fez com que o estado ficasse uma década sem execuções.

No ano passado, a Carolina do Sul, alegando a demora no cumprimento das penas, aprovou outra lei, tornando a cadeira elétrica o método primário de execução, caso o prisioneiro não escolhesse morrer por um pelotão de fuzilamento composto por três homens. Diante da opção do fuzilamento, o prisioneiro fica obrigado a escolher entre os métodos disponíveis. A intenção do Estado é  que o condenado não opte por uma forma de execução que não possa ser aplicado. Por isso, na falta d injeção, Moore foi forçado a optar pelo fuzilamento ou pela cadeira elétrica.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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