Condenados: Júri popular decide pena de assassinos de empresário em Uberlândia

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Mulher que assassinou ex-marido com a ajuda do namorado é condenada a 19 anos de prisão em Uberlândia

Empresário Écio Miranda, 56 anos, foi executado dentro de supermercado em fevereiro de 2023. O namorado da suspeita efetuou os disparos e foi condenado a 22 anos de prisão.

Começa júri popular de mulher acusada de mandar matar ex-marido

Após o julgamento que aconteceu no Fórum de Uberlândia na segunda-feira (24), Jean Batista de Souza e Laila Roberta Mendes da Cunha foram condenados em júri popular a 22 e 19 anos de prisão, respectivamente. Eles foram considerados culpados pela morte do empresário Écio Miranda, no dia 20 de fevereiro de 2023, que na época tinha 56 anos.

O julgamento começou por volta das 10h de segunda e terminou à meia-noite. O casal respondeu pelo crime de homicídio doloso com duas qualificadoras: motivo fútil e dificuldade de defesa da vítima. As defesas alegaram que vão recorrer da sentença.

De acordo com o assistente de acusação, o advogado Paulo Brasileiro, Laila e Écio haviam se separado há cerca de quatro meses antes do crime. No entanto, continuavam tendo um supermercado em sociedade. Por causa do gerenciamento do estabelecimento, o casal vivia em permanente conflito, fato que inclusive foi relatado por funcionários.

Laila, que estava à frente do supermercado, então passou a ter um relacionamento com Jean, que já era foragido da Justiça devido a crimes que cometeu no estado de Goiás. Foi então que no dia 20 de fevereiro, de acordo com a denúncia, eles concordaram em matar o Écio.

No dia do crime, Laila entregou ao namorado o celular dela que tinha um sistema de monitoramento do supermercado, para que ele tivesse controle da movimentação no supermercado e da vítima. As imagens mostram que no momento do assassinato, o suspeito entrou no comércio com um capacete na cabeça. Ele tirou a arma da cintura e entrou em um cômodo na parte de trás do estabelecimento, onde a vítima conversava com outro rapaz.

O atirador desviou da testemunha e atirou várias vezes à queima-roupa. Segundo a Polícia Militar (PM), o homem disparou 15 vezes, sendo que sete tiros acertaram a vítima. Após o ocorrido, Jean fugiu correndo. O homem que conversava com a vítima e uma mulher que estava no local também deixaram o estabelecimento, assustados.

Na madrugada do dia 21 de fevereiro de 2023, Jean foi localizado na casa do filho de Laila, em Tupaciguara. Laila já havia sido presa suspeita de ajudar na fuga. O filho dela também foi detido. A PM informou que a possível motivação do crime, inicialmente, seria ciúmes. No curso das investigações, foi apurado o desacordo entre eles relacionado ao estabelecimento comercial.

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