Confira a lista de candidatos à presidência já oficializados

Sete candidatos a presidência da república foram confirmados pelos partidos políticos, no final das convenções nacionais, e mais oito nomes devem ser aprovados neste sábado (4). Até sesta sexta-feira (3), cinco chapas estão completas. Os nomes oficializados até o momento são: Bolsonaro, D’Ávila, Boulos, Meirelles, Vera Lúcia, Álvaro Dias e Ciro.

O PSOL e o PSTU formalizaram tanto os candidatos a presidente como a vice. A Rede, o PSDB e o Pode escolheram os nomes para os dois cargos, mas realizam convenção nacional amanhã(4) para oficializar a decisão.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, anunciou que terá como companheira de chapa a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), que disputaria a reeleição. Na nota publicada no portal do PSDB, Alckmin destacou a importância da presença feminina no cenário político nacional.

A definição da chapa do Pode tirou da disputa presidencial o economista Paulo Rabello de Castro (PSC), que já havia sido aprovado na convenção nacional, no último dia 20 de julho. No início desta semana, a cúpula dos dois partidos fechou uma aliança, e Rabello será o candidato a vice do senador paranaense Álvaro Dias.

A Rede acertou uma coligação com o PV. A candidata Marina Silva terá como vice o ex-deputado Eduardo Jorge, que disputou a eleição presidencial de 2014. O presidente nacional do PV, José Luiz Penna, disse que a prioridade do partido é eleger deputados federais, mas destacou a identidade ideológica entre as duas siglas.

O PSOL e o PSTU saíram das convenções nacionais com a chapa completa. O PSOL vai disputar a eleição presidencial com Guilherme Boulos e Sonia Guajajara, em uma aliança com o PCB. Já o PSTU lançou uma chapa puro-sangue: Vera Lúcia e Hertz Dias.

O MDB confirmou ontem (2) a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles a presidente da República. Após a convenção do MDB, Meirelles disse ter preferência por uma mulher na composição da sua chapa. A direção do partido negocia com a senadora Marta Suplicy (MDB-SP).

Na última quarta-feira (1º), o PCdoB aprovou a candidatura de Manuela D’Ávila à Presidência da República, mas a deputada estadual gaúcha é o nome desejado pelo PT para compor a chapa na corrida presidencial. O PT se reunirá em São Paulo, nesta sábado. A tendência é que o partido formalize a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintedência da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril.

Caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se Lula poderá concorrer. O julgamento deverá ocorrer antes do dia 15 deste mês, prazo final para registrar as candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para amanhã está marcada também a convenção do Novo, que deve formalizar a candidatura de João Amoêdo a presidente da República.

O Patri também se reúne amanhã e, segundo nota publicada no portal do partido, entre os pré-candidatos, prevalece o nome do deputado federal Cabo Daciolo (RJ). O PSB, o PRTB e o PPL realizam convenção nacional neste domingo (5), mas somente os dois últimos devem lançar candidatos a presidente – Levy Fidelix e João Vicente Goulart, respectivamente.

Informações da Agência Brasil

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Gastos com material escolar impactam orçamento de 85% das famílias

As famílias brasileiras gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares em 2024, o que representou um aumento de 43,7% ao longo dos últimos quatro anos. O valor é uma estimativa de pesquisa inédita do Instituto Locomotiva e QuestionPro. O levantamento mostra que essas compras impactam o orçamento de 85% das famílias brasileiras com filhos em idade escolar e que um a cada três compradores pretende parcelar para poder dar conta das despesas para o ano letivo de 2025.

Ao todo, foram realizadas 1.461 entrevistas com homens e mulheres com mais de 18 anos em todo o país. Os questionários foram aplicados entre 2 e 4 de dezembro.

O estudo mostra que a maioria dos pais e responsáveis de estudantes tanto da rede pública quanto da rede privada disseram que comprará materiais escolares para o ano letivo de 2025: 90% daqueles com filhos em escolas públicas e 96% daqueles com filhos em estabelecimentos privados.

A maior parte das famílias precisará comprar materiais escolares solicitados pelas escolas (87%), seguido de uniformes (72%) e livros didáticos (71%).

Os pesquisadores estimam que os valores gastos com materiais escolares aumentaram ao longo dos últimos anos, passando de um montante nacional de R$ 34,3 bilhões em 2021 para os atuais R$ 49,3 bilhões.

“É um gasto que vem crescendo e vem aumentando também o seu peso no orçamento dos famílias com filhos”, destaca o diretor de Pesquisa do Instituto Locomotiva, João Paulo Cunha.

Cunha ressalta que esse impacto ocorre tanto para famílias com filhos em escolas públicas e também nas privadas. “Muita gente acha que pais que estão com filhos em escolas públicas, por, teoricamente, ganharem o uniforme, o material, não têm nenhum gasto. Mas a realidade é muito diferente. Praticamente todos os pais que têm filhos em escolas públicas acabam tendo que, pelo menos, complementar parte do material escolar, parte do uniforme, e acabam também tendo um peso no orçamento doméstico por conta disso.”

A estimativa é que a maior parte dos gastos se concentre na classe B, R$ 20,3 bilhões; e na classe C, R$ 17,3 bilhões. Juntas, elas são responsáveis por 76% dos gastos nacionais. A Região Sudeste concentra a maior porcentagem dos gastos, 46%, seguida pelo Nordeste, 28%. O menor percentual está na Região Norte, 5%.

Esses valores impactam os orçamentos de 85% das famílias com filhos em idade escolar. O impacto é maior para as famílias de classe C, em que 95% disseram que os materiais impactam o orçamento familiar. Entre todos os entrevistados, 38% disseram que têm muito impacto no orçamento e 47%, que têm algum impacto. Apenas para 15% as compras de volta às aulas não têm impacto.

“Isso acaba tendo que sair de outros lugares. Cada família vai ter um arranjo diferente para conseguir ter esse tipo de gasto. Alguns vão ter que recorrer ao crédito, outros vão ter que tirar do guardado, mas o fato é que a maioria relata o peso e o impacto no orçamento doméstico”, enfatiza Cunha.

Diante dessa situação, 35% disseram que irão recorrer ao parcelamento nas compras para o ano letivo de 2025. Entre as famílias da classe C, essa porcentagem sobe para 39%. A maioria, no entanto, 65%, pretende pagar à vista. Entre as classes A e B, essa porcentagem é ainda maior, 71%.

Materiais escolares

De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), os aumentos dos custos com materiais escolares se dão principalmente por conta de fatores como inflação anual e elevação nos custos de produção, além dos preços de frete marítimo, no caso dos importados, e alta do dólar. Para 2025, a entidade estima um aumento entre 5% e 9%.

Segundo o presidente Executivo da ABFIAE, Sidnei Bergamaschi, muitos itens que compõem as listas escolares são importados, como mochilas e estojos.

“Os itens que compõem a cesta, a lista escolar, vários deles são itens importados. E aí, obviamente, quando você pega um ano que tem uma taxa de dólar mais alta, quando você pega um período como, por exemplo, pós-pandemia, que o frete marítimo internacional explodiu, o mundo se tornou cinco vezes mais caro do que ele custava, tudo isso acaba tendo algum impacto de custo e que vai terminar lá sempre para o consumidor”, diz Bergamaschi.

A ABFIAE defende programas públicos para aquisição de material escolar, como o chamado Programa Material Escolar, implementado no Distrito Federal e nos municípios de São Paulo e Foz do Iguaçu, por meio do qual o poder público oferece crédito a estudantes de escolas públicas para a aquisição dos materiais.

“Isso tem permitido que alunos da rede pública possam acessar materiais diferentes e possam também comprar somente aquilo que ele precisa e aquilo que às vezes ele não tinha acesso”, diz o presidente da entidade.

A ABFIAE defende ainda a redução de impostos cobrados para esses produtos. Segundo a entidade, em alguns itens, os tributos chegam a representar 50% do valor do produto. “Nós fizemos esse pleito na reforma tributária, que ele fosse enquadrado junto com alguns itens que foram reduzidos, porque hoje você tem, normalmente, na faixa de 40%, até mais de 40% de impostos nos itens da lista escolar. Então, isso tem um peso grande no valor final”, ressalta.

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