Antes de ser preso, Vinícius Valentim da Silva Batista, que era amigo e ex-funcionário do empresário Carlos Luiz de Sá, de 53 anos, e confessou que o matou a facadas como “prova de amor” para a namorada, negou que tivesse visto a vítima, segundo o irmão de Carlos. O suspeito e a companheira confessaram o crime. Vinícius foi procurado pela família da vítima quando o empresário ainda estava desaparecido. Ao ser questionado sobre a vítima, afirmou que não sabia onde ele estava e que fazia dois dias que não o via.
O G1 entrou em contato com a Defensoria Pública do Estado de Goiás, responsável pela defesa dos suspeitos, e solicitou um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O irmão de Carlos, Sebastião dos Reis, de 57 anos, contou em entrevista ao G1 que desconfiou do comportamento de Vinícius ao ser procurado pela família durante o sumiço do empresário.
Carlos foi visto pela última vez na noite de terça-feira (25), após fechar sua padaria em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. Dois dias depois, seu corpo foi encontrado em um loteamento próximo à GO-020, em Senador Canedo. As investigações apontam que Vinícius foi o autor do homicídio em conluio com sua namorada, Yara Martins, indicando o local onde deixaram o corpo da vítima.
De acordo com o delegado Douglas Pedrosa, o crime teria sido motivado por uma extorsão que o suspeito vinha praticando contra o empresário, com quem tinha uma relação inicialmente amigável. A investigação aponta para um possível latrocínio, descartando a versão de “prova de amor” alegada pelo casal. Vinícius e Yara foram autuados por homicídio e ocultação de cadáver.
A namorada de Vinícius afirmou em depoimento que ele mantinha um caso com o empresário e alegou que o crime foi premeditado como tentativa de provar seu amor por ela. No entanto, as autoridades descartam essa versão e apontam que o dinheiro gasto na fuga do casal possivelmente foi obtido de maneira ilícita. O delegado responsável pelo caso reforçou que as investigações continuam em andamento e que não há novidades até o momento.
A polícia acredita que a irmã de Vinícius, de 15 anos, também envolvida no crime, foi coagida a participar. O caso chocou a região de Goiás e trouxe à tona detalhes perturbadores sobre a trama que resultou na morte brutal do empresário. O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Trindade segue conduzindo as investigações para esclarecer completamente o ocorrido. Para mais notícias da região de Goiás, acompanhe o G1.