Nesta terça-feira, 11, o confronto entre Israel e o Hamas , que controla um Faixa de Gaza se intensificou com novos lançamentos de foguetes pelo grupo islâmico e bombardeios maciços israelenses ao território palestino. O premier Benjamin Netanyahu informou o aumento da ofensiva após serem confirmadas as mortes dos primeiros israelenses, duas mulheres atingidas em Ashkelon, ao sul de Tel Aviv. Os mortos palestinos chegaram a 28, incluindo 10 crianças.
O enfrentamento acontece durante um levante palestino civil em Jerusalém, sendo a maior onde de protestos desde a Segunda Intifada (2000-2005), impulsionada pela ameaça de expulsão de famílias palestinas da parte oriental, ou árabe, da cidade. Nos últimos cinco dias mais 600 palestinos ficaram feridos, no entanto o número aumentou na segunda-feira, 10, a polícia israelense feriu mais de 300 pessoas na Esplanada das Mesquitas, onde fica a mesquita de al-Aqsa, o lugar mais sagrado para o terceiro Islã. Manifestações tomaram conta do país, deixando um homem árabe-israelense na cidade morta de Lod.
Em resposta, o Hamas lançou aproximadamente 480 foguetes contra Israel desde segunda. O Exército israelense, incluindo 150 que caíram dentro da Faixa de Gaza e 200 que foram interceptados pelo sistema antimseis Domo de Ferro. Tel Aviv, por sua vez, respondeu com o seu ataque mais letal contra o território palestino em três anos .
Uma operação israelense, chamada de Guardiões dos Muros – em referência à Cidade Velha de Jerusalém – ocorreu ao menos 130 bombardeios aéreos em Gaza até a manhã desta terça, afirmou o porta-voz das Forças Armadas, Jonathan Conricus. Horas após de Netanyahu prometer aumentar a intensidade e a frequência dos ataques, o Exército informou ter iniciado uma nova “onda maciça” de bombardeios, acertando ao menos 150 alvos em Gaza.
“Com a conclusão de uma análise situacional, ficou decidido que tanto a dimensão quanto a frequência dos ataques aumentadas” disse a estréia, depois do seu chefe militar dizer que o Exército deve se preparar para uma campanha de prazo indefinido.
De acordo com o Netanyahu, o Hamas “será golpeado de uma maneira que não se espera”. O grupo, em resposta, ameaça atacar “arranha-céus em Tel Aviv” caso “a agressão continue”.
Foto: MOHAMMED ABED / AFP