Ao menos seis palestinos foram mortos durante confrontos com forças israelenses nesta sexta-feira, 13, em um posto de controle em Ramallah, na Cisjordânia. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde palestino, que informou ainda que outros mais de 124 ficaram feridos.
As mortes ocorreram durante um protesto em apoio à Faixa de Gaza, que tem sido bombardeada por Israel há quase uma semana devido a ataques do grupo palestino Hamas. De acordo com a Al Jazerra, as forças de Israel estão utilizando armas de fogo e gás lacrimogêneo para tentar conter os manifestantes que estão em Cisjordânia, a 115 km do nordeste de Gaza.
Segundo a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, entre os feridos, alguns foram atingidos por munições reais. Os protestos ocorrem em diversas partes do planeta, sendo registrados no Afeganistão, Irã, Iêmen, Paquistão, Líbano, Indonésia, Iraque, Índia, Sri Lanka, Bangladesh e Japão.
Israel pede retirada da Faixa de Gaza
O governo de Israel informou à Organização das Nações Unidas (ONU) que os mais de 1 milhão de palestinos ao norte da Faixa de Gaza devem se mudar para o sul em 24 horas. A informação foi noticiada pelo porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, em um comunicado em Nova York.
De acordo com informações da Reuters, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirma que a resposta da ONU ao alerta precoce de Israel aos residentes de Gaza é vergonhosa, pois “deveria se concentrar em condenar o Hamas e apoiar o direito de Israel à autodefesa”.
Em contrapartida, o chefe de gabinete de comunicação social do governo do Hamas informou que que o aviso de realocação foi uma tentativa de Israel “de difundir e transmitir propaganda falsa, com o objetivo de semear confusão entre os cidadãos e prejudicar a nossa coesão interna” e pediu que os cidadãos palestinos não se envolvessem nas tentativas.