Confronto na Alepa: Professores sofrem com balas de borracha e spray de pimenta em Belém

Dia de votação na Alepa tem spray de pimenta e balas de borracha contra professores em Belém

Pessoas foram atingidas e passaram mal durante o confronto. Dois manifestantes foram levados para a delegacia.

1 de 2 Policiais militares receberam manifestantes com balas de borracha e spray de pimenta — Foto: reprodução

Policiais militares receberam manifestantes com balas de borracha e spray de pimenta — Foto: reprodução

Professores e servidores do Estado foram recebidos com balas de borracha e spray de pimenta pela tropa de choque da Polícia Militar em ato nesta quarta-feira (18) em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (DE), em Belém.

O motivo da manifestação foi a votação, em regime de urgência, do PL 729/2024 do governador Helder Barbalho (DE) (MDB), aprovado pelos deputados com 28 votos a favor e 10 contra durante a 36ª sessão ordinária da casa.

O PL já havia recebido pareceres favoráveis das comissões de Justiça, Finanças e Educação na Alepa.

Na manifestação, dois professores foram atingidos com balas de borrachas. Um deles, no rosto. Eles precisaram ser socorridos por agentes do Corpo de Bombeiros.

Manifestantes passaram mal durante a confusão e foram ajudados por servidores. Dois manifestantes foram conduzidos até a Seccional do Comércio pela polícia.

É o segundo dia de protestos na Alepa. Na terça-feira, servidores protestaram contra a possível extinção da Fundação Cultural do Pará (FCP) e da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa).

LEIA MAIS

Restruturação do Governo: Helder que extinguir a Funtelpa

Batalhão da Tropa de Choque também esteve presente — Foto: reprodução

Registros feitos por celular mostram a confusão que se formou em frente à casa legislativa, com um número considerável de agentes policiais, posicionados na entrada do órgão e impedindo a entrada dos manifestantes.

Do lado de fora, movimentos sociais e sindicais usaram cartazes afirmando que foram hostilizados e agredidos pela PM.

O grupo protesta contra reformas que revogam leis e gratificações, como modificação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), além da possibilidade de acabar com o Estatuto do Magistério.

“Não vamos aceitar que leis conquistadas por anos de luta sejam retiradas na surdina por um governo que não respeita a educação”, afirma o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp).

O QUE DIZ O GOVERNO

Em nota, a PM disse que “foi acionada para garantir o acesso dos deputados estaduais que estavam sendo impedidos por manifestantes de entrar no prédio da Alepa para participar da Sessão Ordinária desta quarta-feira (18)”.

“Mesmo após tentativa de diálogo, houve arremesso de objetos contra os deputados e contra os agentes de segurança que estavam no local” e “a PM reagiu com medidas de contenção para garantir a ordem e o direito de ir e vir de todos”, segundo a nota.

Já a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) disse, também em nota, que “o Projeto de Lei que trata da Nova Carreira do Magistério é uma política pública que visa trazer uma série de avanços (…) para o quadro de professores e especialistas da rede estadual de ensino, como a ampliação da progressão horizontal, maior valorização à titulação dos profissionais dentro da carreira, efetivação das progressões dos servidores, criação da Gratificação para professores em atuação no Programa Ensino Integral (PEI), criação de gratificações novas para funções e programas específicos, entre outros benefícios”.

A secretaria afirmou, ainda, que “atualmente, o Pará paga o melhor salário médio do país ao professor, no valor de R$ 11.447,48, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, e o segundo maior salário inicial da categoria entre as redes estaduais, no valor de R$ 8.289,87, 250% maior que o piso médio nacional, conforme levantamento do Movimento Profissão Docente”.

VÍDEOS: VEJA TODAS AS NOTÍCIAS DO PARÁ

50 vídeos

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Aumento de 26% nos atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito no Pará: dados do Hospital Metropolitano

Pará registra aumento de 26% nos atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito

Dados foram divulgados pelo Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência.
Entre as principais causas estão colisões, seguidas pelos acidentes com motos e
atropelamentos.

O número de atendimentos a pessoas envolvidas em acidentes de trânsito no Pará
aumentou 26% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do
Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua
na região metropolitana de Belém, e foram divulgados nesta quarta-feira (18).

De acordo com informações do hospital, que é referência no atendimento a
queimados e vítimas de traumas no Norte do Brasil, de janeiro a novembro deste
ano, a unidade atendeu 6.779 pacientes.

Entre as principais causas estão as colisões, seguidas pelos acidentes com motos
e atropelamentos.

> “Um único acidente pode ocasionar traumas graves para diversas pessoas,
> considerando que um único carro pode transportar até cinco pessoas. Importante
> mencionar a necessidade do uso de capacete para motociclistas, isso, em
> hipótese alguma, pode ser negligenciado”, comenta o médico e diretor técnico
> do Hospital Metropolitano, Augusto Passanezi.

O perfil dos pacientes internados devido a acidentes de trânsito é
predominantemente composto por homens jovens, com idades entre 20 e 39 anos.

> “Esse período é o que marca a fase produtiva da vida e, em muitos casos, essas
> pessoas são responsáveis pelo sustento da família e o tempo dedicado ao
> tratamento pode comprometer isso”, destaca o médico.

Dados divulgados em 2023, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
mostram que a taxa de mortalidade no trânsito brasileiro aumentou 2,3%, com mais
de 390 mil óbitos em acidentes com meios de transporte terrestres. As mortes de
motociclistas dobraram na última década, representando 30% dos casos fatais
registrados em 2023.

Entre os principais fatores que contribuem para esses acidentes, o estudo aponta
a imprudência, o excesso de velocidade e o uso de álcool.

Com a chegada das festas de final de ano, período que registra maior fluxo de
pessoas e veículos nas vias, o hospital alerta para a necessidade da prevenção.

Para coibir infrações por imprudência, o Departamento de Trânsito do Estado
(Detran), compartilha campanhas educativas e ações de fiscalização para
conscientizar os motoristas sobre os perigos de práticas irregulares.

De acordo com levantamento realizado, em 2023 o Pará registrou 1.947 infrações a
condutores flagrados falando ao celular enquanto dirigiam, em 2022 foram 3.621
autuações e, até o mês de setembro de 2024, foram contabilizadas 1.201 multas, o
que indica queda em relação ao ano anterior.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp