Congresso dos Estados Unidos pede ao FBI documentos de Comey sobre Trump

O Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (EUA) solicitou nessa terça-feira (16) ao FBI (Agência Federal de Investigação norte-americana) todos os documentos que seu ex-diretor James Comey elaborou sobre as conversas com o presidente Donald Trump. A informação é da Agência EFE.

A petição, assinada pelo presidente do comitê, o republicano Jason Chaffetz, inclui “memorandos, notas, resumos e gravações” em poder do FBI, para que sejam entreguem antes do dia 24 de maio.

“Se for verdade, esses memorandos apresentam dúvidas sobre se o presidente tentou influenciar ou impedir a investigação do FBI no que se refere ao general (Michael) Flynn”, disse Chaffetz, em carta dirigida ao diretor interino do FBI, Andrew G. McCabe.

A solicitação é feita depois que o jornal The New York Times revelou a existência de documentos elaborados por Comey, a fim de documentar suas conversas com Trump.

Em um desses documentos, há o pedido de Trump para que Comey encerrasse uma investigação das ligações da Rússia com seu ex-assessor de Segurança Nacional, o general aposentado Michael Flynn.

“Espero que possa deixar isso passar”, disse Trump a Comey, segundo o texto divulgado pelo jornal. “É um bom sujeito”, acrescentou o governante, de acordo com o The New York Times.

Na semana passada, Trump demitiu James Comey, que comandava a investigação do FBI para esclarecer as ligações dos russos com a campanha presidencial de Trump, um assunto também abordado pelo Congresso.

Também na semana passada, o Comitê de Inteligência do Senado ordenou que Comey entregasse todos seus documentos relacionados com a Rússia, depois de ele se negar a colaborar com a investigação.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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