Conheça a diferença entre diplomação e posse que marcam o fim das eleições

Diplomação reconhece a maioria dos votos nas urnas para ELEITO. (Foto: Nelson Jr./ASICS/TSE)

O resultado das urnas nas eleições não é o suficiente para oficializar um candidato ao cargo eletivo para o qual concorreu. A legislação brasileira estabelece uma série de atos protocolares para confirmar a vontade popular. Nesta segunda-feira, 12, uma cerimônia marcou a primeira etapa da confirmação de Luís Inácio Lula da Silva (PT) como presidente do Brasil no mandato entre 2023 e 2026.

Diplomação

A diplomação reconhece a maioria dos votos nas urnas para Lula, que teve 50,08% da preferência popular. Sem o processo, ele não pode tomar posse do mandato. O trâmite é o mesmo para os eleitos em outros cargos políticos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE),  se trata de um ato público pelo qual ele assume oficialmente o mandato. A realização do evento ocorre após o prazo de questionamento e de processamento do resultado das eleições, mas tem data limite de 19 de dezembro do ano do pleito.

Como neste ano a população também elegeu deputados estaduais, deputados federais, deputados distritais e senadores, a diplomação deles deve ser realizada pelos os Tribunais Regionais Eleitorais. A atribuição para cargos em nível municipal é das juntas eleitorais. Especificamente na posse presidencial no TSE, o protocolo da cerimônia terá abertura da sessão pelo presidente do órgão, Alexandre de Moraes, seguido da execução do hino nacional, entrega dos diplomas para Lula e o vice eleito, Geraldo Alckmin (PSB) e ainda  discurso do petista e de Moraes.

O diploma tem como fundo o brasão da República do Brasil e traz os seguintes dizeres: “Pela vontade do povo brasileiro expressa nas urnas em 30 de outubro de 2022, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente da República Federativa do Brasil. Em testemunho desse fato, a Justiça Eleitoral expediu o presente diploma, que o habilita à investidura no cargo perante o Congresso Nacional em 1º de janeiro de 2023, nos termos da Constituição”.

A posse em 1º de janeiro de 2023 também demanda várias etapas. A cerimônia de investidura no cargo após as eleições está prevista para começar às 14h30 com desfile em carro aberto partindo da catedral de Brasília em direção ao Congresso Nacional. Estarão em dois veículos os casais Lula e Janja e também Geraldo Alckmin e a esposa Lu, que deverão chegar por volta das 15h. No Congresso Nacional, o presidente eleito fará um juramento no parlatório da Casa. Em frente aos parlamentares, ele assumirá o compromisso de “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. 

E  a faixa presidencial?

A tradicional passagem da faixa presidencial na rampa do Palácio do Planalto deve ser feita por uma mulher do povo, considerando que o atual presidente Jair Bolsonaro deverá estar em viagem para o exterior e o vice-presidente Hamilton Mourão já se manifestou contrário a assumir um papel que não caberia a ele. O gesto não é imprescindível para a posse já que a Constituição prevê a formalização da transmissão do cargo com o juramento à Carta Magna no Congresso Nacional. O protocolo da posse inclui atividades até às 18h30. A partir das 19h30 está prevista uma recepção para autoridades e chefes de Estado no Palácio do Itamaraty. O início do chamado Festival do Futuro com diversos artistas e cantores brasileiros começará no início da tarde para público esperado de 300 mil pessoas.

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Piloto de F1 Yuki Tsunoda fica detido na imigração dos EUA por três horas e quase perde o GP de Las Vegas

Yuki Tsunoda, piloto da equipe RB na Fórmula 1, enfrentou um imprevisto bastante inusitado antes de participar do GP de Las Vegas neste fim de semana. O japonês foi detido na imigração dos Estados Unidos por cerca de três horas, correndo o risco de ser mandado de volta ao Japão e perder a corrida. O motivo? O agente da imigração não acreditou que ele fosse um piloto de F1, pois estava de pijama.

Tsunoda, que já havia estado nos EUA recentemente para o GP de Austin, no Texas, e para o de Miami em maio, explicou que não compreendeu o motivo da parada, já que estava com toda a documentação correta. “Estava de pijama, então talvez eu não parecesse um piloto de F1. Durante a conversa, até me perguntaram sobre o meu salário, o que foi desconfortável. Eu não conseguia dizer nada e senti muita pressão”, comentou o piloto.

O japonês revelou que, mesmo com a documentação adequada e o visto, não foi permitido que ele ligasse para sua equipe ou para a Fórmula 1 para esclarecer a situação. “Eu queria ligar para a equipe ou para a F1, mas na sala da imigração não podia fazer nada”, explicou. Felizmente, a situação foi resolvida após intensas conversas, e Tsunoda conseguiu entrar no país a tempo de disputar o GP.

Este episódio ilustra os desafios que os pilotos enfrentam com a imigração nos Estados Unidos, especialmente desde que a Fórmula 1 passou a ter mais de um evento no país a partir de 2022. Com isso, casos envolvendo contestação de vistos e documentação começaram a se tornar mais frequentes, colocando em risco a participação dos competidores em corridas como o GP de Las Vegas. Tsunoda, no entanto, destacou que a experiência ficou para trás e agora está focado na disputa da corrida.

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