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Conheça a importância do apoio psicológico para idosos

Última atualização 03/10/2021 | 11:33

Outubro inicia o mês com a comemoração do Dia do Idoso, data instituída pela ONU.  O motivo da sua criação é convidar o mundo inteiro para que preste mais atenção às questões da velhice e do envelhecimento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população mundial está envelhecendo rapidamente. Entre 2015 e 2050, a proporção de idosos ao redor do mundo estaria estimada para quase dobrar, de 12% para 22%.

Em números, espera-se um crescimento de 900 milhões de pessoas para 2 bilhões de idosos com mais de 60 anos de idade. Com alta quantidade de idosos ao redor do mundo, é necessário dar atenção a problemas psicológicos que vem acometendo essa faixa etária.

Observar os idosos

Ainda de acordo com a OMS, mais de 20% dos idosos com mais de 60 anos sofreriam de algum tipo de desafios físicos, psicológico ou transtornos envolvendo sua saúde mental. Os transtornos mais comuns para pessoas nessa faixa etária seriam a demência e a depressão, ambas afetando aproximadamente de 5% a 7% dos idosos no mundo todo, respectivamente.

A Psicóloga e dra. em Ciências da Saúde, Lazara Ribeiro, comenta que o cuidado com a saúde mental dos idosos tem que ter a mesma importância da saúde mental das crianças, adolescentes e adultos.

“A saúde mental proporciona a essas pessoas uma maior resiliência às perdas que são comuns nesse ciclo, maior resistência às suas frustrações e consequentemente uma melhor qualidade de vida. A discriminação e o preconceito, também contribuem para a diminuição da autoestima da pessoa 60+ e consequentemente, traz prejuízo a saúde mental. É importante lembrar que ‘velhice não é doença!'”, complementa Lazara.

Corpo e mente

A psicóloga afirma ainda que é importante tratar a saúde mental dos idosos. Por isso, entre os tratamentos está a terapia medicamentosa e o atendimento psicológico. Em caso de demências, tais que a doença de Alzheimer, a terapia medicamentosa e o apoio familiar são imprescindíveis.

Lazara ainda destaca a Importância do trabalho em prol da saúde do Idoso que é aplicado no Estatuto do Idoso (2003):

“Destaco aqui que a aplicabilidade constitui ainda um enorme desafio para os gestores das políticas públicas nos diversos setores, incluindo o setor saúde. Há um grande distanciamento entre o discurso e a prática social e tímidas iniciativas nesse sentido.  A garantia dos direitos regulados pelo Estatuto, contribuirá para que a pessoa 60+ possa ser atendida em suas necessidades biopsicossocial e espiritual”.

Políticas públicas

Ainda segundo a psicóloga, as políticas públicas vem sendo adotadas por municípios. Um exemplo é a capital goiana, que tem o Serviço de Proteção Especializado a Pessoa Idosa, serviço administrado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SEDHS). O trabalho é um serviço para pessoas com deficiência ou idosos com algum grau de dependência e suas famílias, cujas limitações agravaram-se em decorrência da violações de direitos. Por exemplo: isolamento, confinamento, atitudes discriminatórias e preconceituosas, falta de cuidados adequados por parte do cuidador, entre outras situações que aumentam a dependência e comprometem o desenvolvimento.

Delegacia do Idoso

Há também outra forma de dano psicológico causados aos idoso, que é a agressão e violência. Outro serviço público de apoio aos idosos em Goiás, é a da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (DEAI). A instituição tem o objetivo de coibir essas infrações penais e prevenir esses casos.

De acordo com a delegada Paula Meotti,  coordenadora da assessoria de comunicação da Policia Civil (PCGO), é importante que toda sociedade se envolva nesse assunto. Isso pois a população idosa é mais vulnerável e os crimes contra o grupo etário aumentou durante a pandemia.

“A população em geral pode repassar essas informações para a polícia civil para que eles sejam investigados, para o número 197. Esse número permite que a pessoa que esteja telefonando, nem mesmo se identifique”, comenta a delegada.

Segundo dados da DEAI, só nos meses de janeiro a agosto deste ano, a delegacia registrou em média 72 ocorrências, considerado um volume muito alto para a delegada.