Conheça a importância do apoio psicológico para idosos

Conheça a importância do apoio psicológico para idosos

Outubro inicia o mês com a comemoração do Dia do Idoso, data instituída pela ONU.  O motivo da sua criação é convidar o mundo inteiro para que preste mais atenção às questões da velhice e do envelhecimento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população mundial está envelhecendo rapidamente. Entre 2015 e 2050, a proporção de idosos ao redor do mundo estaria estimada para quase dobrar, de 12% para 22%.

Em números, espera-se um crescimento de 900 milhões de pessoas para 2 bilhões de idosos com mais de 60 anos de idade. Com alta quantidade de idosos ao redor do mundo, é necessário dar atenção a problemas psicológicos que vem acometendo essa faixa etária.

Observar os idosos

Ainda de acordo com a OMS, mais de 20% dos idosos com mais de 60 anos sofreriam de algum tipo de desafios físicos, psicológico ou transtornos envolvendo sua saúde mental. Os transtornos mais comuns para pessoas nessa faixa etária seriam a demência e a depressão, ambas afetando aproximadamente de 5% a 7% dos idosos no mundo todo, respectivamente.

A Psicóloga e dra. em Ciências da Saúde, Lazara Ribeiro, comenta que o cuidado com a saúde mental dos idosos tem que ter a mesma importância da saúde mental das crianças, adolescentes e adultos.

“A saúde mental proporciona a essas pessoas uma maior resiliência às perdas que são comuns nesse ciclo, maior resistência às suas frustrações e consequentemente uma melhor qualidade de vida. A discriminação e o preconceito, também contribuem para a diminuição da autoestima da pessoa 60+ e consequentemente, traz prejuízo a saúde mental. É importante lembrar que ‘velhice não é doença!'”, complementa Lazara.

Corpo e mente

A psicóloga afirma ainda que é importante tratar a saúde mental dos idosos. Por isso, entre os tratamentos está a terapia medicamentosa e o atendimento psicológico. Em caso de demências, tais que a doença de Alzheimer, a terapia medicamentosa e o apoio familiar são imprescindíveis.

Lazara ainda destaca a Importância do trabalho em prol da saúde do Idoso que é aplicado no Estatuto do Idoso (2003):

“Destaco aqui que a aplicabilidade constitui ainda um enorme desafio para os gestores das políticas públicas nos diversos setores, incluindo o setor saúde. Há um grande distanciamento entre o discurso e a prática social e tímidas iniciativas nesse sentido.  A garantia dos direitos regulados pelo Estatuto, contribuirá para que a pessoa 60+ possa ser atendida em suas necessidades biopsicossocial e espiritual”.

Políticas públicas

Ainda segundo a psicóloga, as políticas públicas vem sendo adotadas por municípios. Um exemplo é a capital goiana, que tem o Serviço de Proteção Especializado a Pessoa Idosa, serviço administrado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SEDHS). O trabalho é um serviço para pessoas com deficiência ou idosos com algum grau de dependência e suas famílias, cujas limitações agravaram-se em decorrência da violações de direitos. Por exemplo: isolamento, confinamento, atitudes discriminatórias e preconceituosas, falta de cuidados adequados por parte do cuidador, entre outras situações que aumentam a dependência e comprometem o desenvolvimento.

Delegacia do Idoso

Há também outra forma de dano psicológico causados aos idoso, que é a agressão e violência. Outro serviço público de apoio aos idosos em Goiás, é a da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (DEAI). A instituição tem o objetivo de coibir essas infrações penais e prevenir esses casos.

De acordo com a delegada Paula Meotti,  coordenadora da assessoria de comunicação da Policia Civil (PCGO), é importante que toda sociedade se envolva nesse assunto. Isso pois a população idosa é mais vulnerável e os crimes contra o grupo etário aumentou durante a pandemia.

“A população em geral pode repassar essas informações para a polícia civil para que eles sejam investigados, para o número 197. Esse número permite que a pessoa que esteja telefonando, nem mesmo se identifique”, comenta a delegada.

Segundo dados da DEAI, só nos meses de janeiro a agosto deste ano, a delegacia registrou em média 72 ocorrências, considerado um volume muito alto para a delegada.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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