Conheça Daniela Arbex, autora premiada do livro ‘Longe do Ninho’ e vencedora do Jabuti 2025

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Quem é Daniela Arbex, autora do livro ‘Longe do Ninho’ e vencedora do Prêmio
Jabuti 2025

Jornalista com mais de duas décadas de carreira, a juiz-forana transformou
reportagens em obras premiadas e se tornou referência do jornalismo literário
brasileiro.

1 de 2 Daniela Arbex — Foto: Divulgação/Editora Instrínseca

Daniela Arbex — Foto: Divulgação/Editora Instrínseca

A jornalista Daniela Arbex é uma das vozes mais respeitadas do jornalismo literário no Brasil. Natural de Juiz de Fora, ela construiu uma trajetória marcada pela sensibilidade, pelo rigor investigativo e pelo compromisso com a verdade. Através da escrita, transforma histórias de dor e esquecimento em narrativas de memória e justiça, aproximando o leitor das vítimas e das famílias que protagonizam suas reportagens.

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Com mais de 20 anos de carreira, Daniela iniciou sua trajetória no jornal Tribuna de Minas, onde produziu reportagens de grande impacto, que lhe renderam reconhecimento nacional e internacional no jornalismo social e investigativo.

A notoriedade da jornalista se ampliou em 2013, com a publicação de Holocausto Brasileiro, pela editora Intrínseca. A obra reconstrói a história trágica do Hospital Colônia de Barbacena, onde mais de 60 mil pessoas morreram vítimas de negligência e maus-tratos psiquiátricos. O livro se tornou um marco da literatura de não ficção no país e consolidou o nome de Daniela entre os principais autores do jornalismo literário brasileiro.

DA REDAÇÃO À LITERATURA: HISTÓRIAS REAIS QUE VIRARAM MEMÓRIA

A transição de Daniela Arbex do jornalismo diário para a literatura foi natural e bem-sucedida. Ao longo dos anos, ela publicou seis livros de não ficção, todos baseados em extensas investigações jornalísticas:

* Cova 312 (2015) — resultado de uma apuração sobre desaparecidos políticos durante a ditadura militar;
* Todo dia a mesma noite (2018) — relato sobre a tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que inspirou a série homônima da Netflix, lançada em 2023;
* Os Dois Mundos de Isabel (2020) — biografia da líder espiritual Isabel Salomão de Campos, figura importante de Juiz de Fora;
* Arrastados (2022) — investigação sobre o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), uma das maiores tragédias ambientais da história do Brasil;
* Longe do ninho (2024) — obra mais recente, que aborda o incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, onde dez jovens atletas perderam a vida.

Cada livro é marcado por uma profunda pesquisa documental, com laudos técnicos, mensagens, entrevistas e dados inéditos. A narrativa sensível humaniza os fatos e amplia o debate sobre responsabilidade social.

RECONHECIMENTO E PRÊMIOS

2 de 2 Jornalista Daniela Arbex — Foto: Daniela Arbex/Arquivo pessoal

Jornalista Daniela Arbex — Foto: Daniela Arbex/Arquivo pessoal

Daniela Arbex venceu o Prêmio Jabuti em 2016 com Cova 312, ficou em segundo lugar em 2014 com Holocausto Brasileiro e conquistou novamente o Jabuti em 2025 com Longe do ninho.

Holocausto Brasileiro, seu primeiro livro, foi reconhecido como Melhor Livro-Reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e como segundo melhor Livro-Reportagem no Prêmio Jabuti (2014).

Entre outras premiações, a jornalista acumula o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, o Prêmio Embratel de Jornalismo, o Prêmio Direitos Humanos da Presidência da República e o Prêmio de Excelência da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

COMPROMISSO COM A MEMÓRIA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Mais do que contar histórias, Daniela Arbex faz da escrita uma forma de resistência e reconstrução da memória coletiva. Em suas obras, o jornalismo ultrapassa o limite da notícia e se transforma em instrumento de empatia e mudança social.

“Contar essas histórias é uma forma de impedir que o esquecimento vença. É dar sentido à dor, para que ela se transforme em mudança”, afirma a autora em suas redes sociais.

Daniela mantém viva a ligação com o jornalismo que escuta, investiga e humaniza. Sua trajetória inspira profissionais da comunicação e leitores de todo o país, reafirmando o poder da palavra como ferramenta de justiça e memória.

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