Conheça Fernanda Ôliver, cantora gospel presa pela Operação Lesa Pátria da Polícia Federal

Conheça Fernanda Ôliver, cantora gospel presa pela Operação Lesa Pátria da Polícia Federal

Presa nesta quinta-feira, 17, pela Polícia Federal na Operação Lesa Pátria, a cantora gospel Fernanda Rodrigues de Oliveira, mais conhecida como Fernanda Ôliver, tem 25 anos e é nascida Tocantins. Segundo depoimento da própria Fernanda Ôliver, ela começou cantar aos 3 anos de idade, participando de festivais em sua cidade natal, Araguaçu (TO).

Ela tem mais de 170 mil seguidores no Instagram, mídia social que ela usa para divulgar seu trabalho enquanto cantora gospel e expressar suas inclinações políticas. Uma dessas expressões foi por meio de um vídeo na plataforma mostrando a cantora nos acampamentos golpistas que se instalaram na frentes dos quartéis em Goiânia e Brasília, após o segundo turno das eleições de 2022. No vídeo, Fernanda aparece com a bandeira nacional nos ombros e trajando adereços com as cores da bandeira e cantando para as pessoas que estavam nos acampamentos.

Fernanda Ôliver foi presa pela Polícia Federal que cumpriu dez mandados de prisão preventiva, sendo duas delas realizadas em Goiás, parte da 14º fase da Operação Lesa Pátria que objetiva identificar as pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os atos golpistas no dia 8 de janeiro. Na ocasião, os prédios dos três poderes da União foram invadidos em Brasília (DF), tendo patrimônio público danificado.

Operação Lesa Pátria investiga os envolvidos, em tese, por crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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