Conselheiros de Kennedy preferiam golpe militar no Brasil, aponta documento da CIA

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Conselheiros de Kennedy pareciam preferir golpe militar no Brasil, conforme aponta documento da CIA

Em reunião do diretor de Inteligência com o Conselho Consultivo do presidente John F. Kennedy, autoridades americanas afirmaram que, na época, o presidente João Goulart se recusava a “limpar a casa dos comunistas”. Jango teve seu governo interrompido pela ditadura em 1964.

Cerca de um ano antes do início da ditadura no Brasil, um documento da Agência Central de Inteligência americana (CIA, em inglês) indicava que conselheiros do presidente americano John F. Kennedy estavam preocupados com a situação do país durante o governo de João Goulart, demonstrando uma preferência por um possível golpe militar.

O memorando revelado recentemente faz parte de um conjunto de mais de dois mil documentos secretos relativos à investigação da morte do ex-presidente dos EUA, John F. Kennedy. A liberação desses arquivos foi autorizada pelo presidente Donald Trump em janeiro deste ano e envolve relatórios de diversos órgãos americanos, incluindo a CIA.

O Brasil é mencionado em alguns desses arquivos no contexto da Guerra Fria e da influência de China e Cuba na América Latina, demonstrando a importância estratégica do país na geopolítica da época.

Um trecho do documento da CIA destacou a preferência dos conselheiros de Kennedy por um golpe militar no Brasil em detrimento da continuação do governo de João Goulart. Questionavam-se os motivos de continuidade do apoio financeiro dos EUA ao país diante da recusa de Goulart em lidar com a presença de comunistas.

O documento também revelou o interesse dos consultores de inteligência americana em estabelecer contatos com lideranças militares brasileiras que se opunham a João Goulart, indicando uma possível simpatia por um golpe no país.

Além disso, houve menção ao governador do Rio Grande do Sul na época, Leonel Brizola, que teria recusado apoio oferecido por Cuba e China em 1961, visando evitar uma crise nas relações internacionais do Brasil e uma intervenção dos Estados Unidos.

Os documentos liberados recentemente sobre o assassinato de John F. Kennedy, em 1963, trazem à tona detalhes e especulações sobre o caso, incluindo menções ao Brasil. A abertura desses arquivos pelo governo dos Estados Unidos gerou grande interesse e discussão sobre um dos eventos mais marcantes da história americana.

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