Conselho de Ética da Câmara do Rio deve cassar mandato de Dr. Jairinho

O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio decidiu por unanimidade, nesta segunda-feira (28), cassar o mandato do vereador Dr. Jairinho. Foram 7 votos a 0 a favor da cassação, e a reunião dos parlamentares foi a portas fechadas.

Jairinho e a namorada, a professora Monique Medeiros, estão presos acusados de matar o menino Henry Borel, de 4 anos, filho de Monique. O parlamentar também responde na polícia pelas agressões e tortura de outras duas crianças.

Alexandre Isquierdo, presidente do Conselho de Ética, falou sobre a suposta falta de espaço para a defesa de Dr. Jairinho. “A defesa do vereador Jairinho teve amplo espaço. O próprio advogado de defesa terá um espaço de duas horas para concluir sua defesa na apresentação do Projeto de Lei para a cassação do mandato”.

Segundo o G1, Isquierdo disse que dificilmente Jairinho conseguirá manter o seu mandato. “Eu não vou falar aqui em nome dos 50 vereadores que votarão. O relatório do Conselho de Ética é bastante completo. Será bastante difícil a manutenção do mandato do Dr. Jairinho”.

   Depois da votação o ato deve ser publicado nesta terça-feira (29), através de um projeto de Decreto         Legislativo. A votação será levada a plenário na próxima quarta-feira (30). Neste caso, o afastamento de Jairinho ocorre se aprovado por 34 dos 50 vereadores.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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