O Conselho Distrital de Fernando de Noronha expressou preocupação com a incerteza em torno da nomeação do novo gestor da ilha e reforçou a defesa pela eleição direta para o cargo. Após a governadora Raquel Lyra recuar na indicação de Walber Santana, o debate sobre a necessidade de eleições diretas para a administração do arquipélago ganhou destaque.
Walber Santana estava cotado para assumir a gestão de Fernando de Noronha em substituição a Thallyta Figueirôa, primeira mulher a ocupar o cargo. Contudo, atualmente a ilha conta com a administração interina de Nathalie Mendonça. A indicação de Santana seria sabatinada pela Comissão de Justiça da Alepe, mas foi retirada pela governadora.
Os conselheiros distritais se mostraram indignados com a falta de definição, destacando o prejuízo para a comunidade de Fernando de Noronha. A viagem dos sete conselheiros para o Recife para acompanhar a sabatina reflete a preocupação com a situação. A Assembleia Popular Noronhese também manifestou inquietação diante da indefinição sobre a administração da ilha.
O deputado Waldemar Borges, membro da Comissão de Justiça da Alepe, visitou Fernando de Noronha para se informar sobre a atual situação do arquipélago. Ele declarou apoio ao projeto que prevê eleições diretas para o cargo de gestor, destacando a importância de estabilidade nas políticas públicas da ilha. Borges enfatizou a necessidade de um gestor com afinidade e raízes locais para compreender as demandas da comunidade.
O Conselho Distrital aguarda posicionamento da governadora Raquel Lyra e do governo de Pernambuco em relação à nova nomeação para a gestão de Fernando de Noronha. A falta de resposta até o momento gera apreensão quanto ao futuro da ilha. A instabilidade política e a interrupção das políticas públicas têm impacto direto na comunidade local, que busca transparência e efetividade na administração do arquipélago. A escolha de um gestor competente é essencial para garantir o desenvolvimento sustentável e o bem-estar dos moradores de Fernando de Noronha.