O Conselho Deliberativo do Corinthians se reuniu na noite desta segunda-feira e aprovou o orçamento para o ano de 2026. Ao todo, os números apresentados pela gestão do presidente Osmar Stabile tiveram 129 votos favoráveis dos 139 conselheiros presentes. A votação contou com 129 aprovações e dez contrários ao documento proposto pela diretoria. Este resultado representa uma vitória política para a administração atual do clube, que tem trabalhado nos bastidores para unir diferentes grupos em torno de um objetivo comum.

Para o ano de 2026, o Corinthians espera alcançar um superávit de R$ 12 milhões, com um EBITDA projetado em R$ 320 milhões. Para atingir essa meta, o clube planeja reduzir os gastos com salários de jogadores e funcionários. A expectativa é diminuir as despesas com pessoal de R$ 505 milhões em 2025 para R$ 410 milhões no próximo ano, representando uma redução de 19%. No departamento de futebol, a previsão é reduzir de R$ 435 milhões para R$ 354 milhões.

Com um endividamento de R$ 2,7 bilhões, o Corinthians pretende gastar R$ 219 milhões com despesas financeiras em 2026. Para alcançar suas metas, o clube planeja realizar vendas de jogadores, com previsão de arrecadação de R$ 151 milhões em direitos federativos. A maior fonte de receita continuará sendo os direitos de transmissão dos jogos, com um faturamento previsto de R$ 335 milhões em 2026. Além disso, o Corinthians espera arrecadar R$ 255 milhões com patrocínios, um aumento de 47% em relação ao ano anterior.

A receita líquida projetada para 2026, sem contar com as vendas de jogadores, está estimada em R$ 806 milhões, um aumento de R$ 94 milhões em relação a 2025. Diferentemente de anos anteriores, o Corinthians não divulgou as colocacões pretendidas nas competições, o que impacta diretamente na arrecadação com prêmios e direitos de TV. A transparência na divulgação dos números e metas para o próximo ano reflete a busca por uma gestão mais eficiente e sustentável no cenário esportivo.