O Conselho do Corinthians aprovou a revisão do orçamento da gestão Osmar Stabile, que agora prevê um déficit de R$ 83,3 milhões em 2025. Esta revisão representa uma diferença de R$ 120,9 milhões em relação ao superávit de R$ 37,5 milhões estimado anteriormente. A decisão foi tomada em uma assembleia no Parque São Jorge, onde o documento reformulado foi apresentado e discutido.
A principal motivação para a revisão do orçamento foi a percepção da atual diretoria do Corinthians de que a estimativa anterior estava muito distante da realidade financeira do clube. Assumindo o comando em maio, a gestão Stabile viu a necessidade de ajustar os números para refletir de forma mais precisa a situação econômica da equipe. O processo de revisão envolveu a aprovação do Conselho de Orientação e, posteriormente, do Conselho Deliberativo.
Durante a apresentação aos conselheiros, o diretor financeiro Emerson Piovesan e o gerente financeiro Roberto Gavioli detalharam os números revisados, seguidos por perguntas e esclarecimentos por parte dos presentes. Embora tenha sido discutida a possibilidade de reavaliar a revisão do orçamento, a proposta não obteve apoio suficiente para prosperar. A aprovação final, sem votos contrários, foi realizada por aclamação.
Um dos pontos mais impactantes da revisão do orçamento está nas projeções de negociação de atletas. A diferença entre a receita líquida estimada pela gestão anterior e a nova administração é significativa, representando uma redução de 59,2% no valor previsto. Além disso, as despesas operacionais, especialmente com pessoal, tiveram um aumento de 42,5%, refletindo os desafios financeiros enfrentados pelo clube.
A eliminação precoce na Conmebol Libertadores afetou as receitas do Corinthians, levando a uma redução nas previsões de direitos de TV e bilheteria. Este desempenho aquém do esperado foi um dos fatores que contribuíram para a revisão do orçamento. O novo cenário já estima um resultado inferior ao originalmente previsto, com desafios ainda maiores em relação ao endividamento do clube.
Diante desse contexto, a expectativa é de que o Corinthians termine o Campeonato Brasileiro entre a 8ª e 10ª colocação, com ajustes no valor arrecadado com patrocínios e projeções mais realistas para o ano de 2025. A análise do Conselho Fiscal aponta para a necessidade de uma gestão financeira mais criteriosa para enfrentar os desafios atuais e futuros. Com um endividamento significativo, o clube busca alternativas para garantir sua sustentabilidade financeira e esportiva.
