Cremepe investiga médico responsável por ‘harmonização de bumbum’ em paciente que morreu horas depois de procedimento
Foi realizada uma fiscalização emergencial na clínica onde foi feita a intervenção. Marcelo Vasconcelos nega irregularidades.
Adriana Barros, de 46 anos, faleceu após realizar um procedimento estético em uma clínica localizada no Recife. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) informou que irá investigar o médico responsável por uma “harmonização de bumbum” realizada horas antes de Adriana Barros Lima ser encontrada morta em sua residência.
O médico que realizou o procedimento, Marcelo Vasconcelos, não possui inscrição ativa no conselho do estado e a clínica Bodyplastia, onde ele atende, não apresenta a estrutura adequada para a realização de intervenções como a que foi feita em Adriana.
O Cremepe emitiu uma nota à TV Globo, anunciando a abertura da investigação devido à repercussão da morte de Adriana Barros. Durante a fiscalização na clínica Bodyplastia, constatou-se que o médico responsável pelo procedimento não possui registro regular junto ao Conselho Regional e que o ambiente onde o procedimento foi realizado não atende aos requisitos de segurança exigidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Marcelo Vasconcelos, ao ser contatado pela mídia, afirmou que já protocolou toda a documentação necessária para o registro e aguarda a liberação do Cremepe desde outubro de 2024. O médico também defendeu a clínica de estética, declarando que ela está plenamente habilitada e possui todas as licenças necessárias para realizar procedimentos invasivos.
Quanto à sua inscrição no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, Marcelo justificou que possui registro ativo em outros três estados e que seu registro principal é no Rio de Janeiro. Em relação ao caso de Adriana Barros, o médico alega que a paciente foi vítima de uma fatalidade e não de qualquer falha profissional.
Adriana Barros Lima faleceu horas após passar por uma “harmonização” no bumbum. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) expressou sua oposição ao uso de polimetilmetacrilato nos procedimentos estéticos e recomendou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibisse a substância.
É importante destacar que a harmonização corporal com PMMA não é considerada perigosa, desde que seja realizada por profissionais qualificados, em locais aprovados pela vigilância sanitária e com produtos autorizados pelas agências reguladoras competentes. A defesa de Marcelo Alves Vasconcelos reiterou que a paciente não sofreu devido a falhas profissionais, mas sim por uma fatalidade.