“Consórcio do Transporte de Goiânia e Região Metropolitana é exemplo para o país”, diz representante do Ministério dos Transportes

“Consórcio do Transporte de Goiânia e Região Metropolitana é exemplo para o país”, diz representante do Ministério dos Transportes

O coordenador-geral de Concessões Rodoviárias do Ministério dos Transportes e também do Grupo de Trabalho do Transporte do Entorno do Distrito no Federal, Anderson Bellas, disse que o consórcio proposto pelo Estado para o transporte de Goiânia e Região Metropolitana pode ser visto como um exemplo para todo o país.

O grupo técnico veio a Goiânia, nesta terça-feira (12/04), conhecer o modelo de gestão compartilhada aplicado aqui. “Essa distribuição de competências que reúne operação, fiscalização e esse consórcio de empresas é interessante e traz uma capacidade de aumento de ganho, de tecnologia e serviço para os usuários que os outros sistemas do país têm dificuldade de implementar”, ponderou Bellas.

Representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Secretaria de Mobilidade e Transporte do Governo do Distrito Federal também participaram da comitiva e fizeram uma série de visitas para entender melhor o funcionamento do sistema, que atende diariamente cerca de 500 mil passageiros de Goiânia e de outros 18 municípios circunvizinhos.

O primeiro compromisso do dia foi no gabinete do secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, que é presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), órgão que detém o poder de decisão sobre as pautas do transporte. O secretário explicou que a atual configuração se tornou possível após aprovação da Lei Complementar 169, no final de 2021, regulamentando a política de subsídio ao transporte.

“Conseguimos criar um novo sistema de governança que traz mais eficiência e proporciona qualidade ao serviço, permitindo a realização de investimentos, como por exemplo a compra de ônibus elétricos e a reforma dos terminais e abrigos de ônibus”, afirmou.

A secretária do Entorno do DF, Caroline Fleury, defendeu mudanças no cenário do transporte da região que representa. “Precisamos de um transporte com preço justo e que ofereça qualidade para o usuário. Por isso estamos buscando esse consórcio para que essas decisões, como agilidade no serviço, integração, organização nos horários do ônibus, e ainda o barateamento do preço da passagem com o subsídio, também sejam replicadas lá”, disse.

No mês de fevereiro, o transporte semiurbano do Entorno do DF sofreu reajuste de 8,5%, elevando a passagem em até R$ 11 no trajeto de algumas cidades, como Planaltina e Novo Gama, até Brasília. Na Região Metropolitana de Goiânia, por outro lado, a tarifa de ônibus está congelada em R$ 4,30 desde 2019, graças ao subsídio mantido pelo Governo de Goiás em conjunto com as prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goianira, Senador Canedo e Trindade.

Nova RMTC

No início do ano, foi lançado o projeto Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (Nova RMTC), com investimentos na ordem de R$ 1,6 bilhão até 2026, sendo cerca de R$ 400 milhões investidos pelo Governo de Goiás e o restante proveniente das cinco empresas concessionárias do serviço que formaram uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). Essa constituição permite a realização de investimentos em infraestrutura e na frota.

O conceito de sistema integrado com bilhetagem eletrônica e tarifa flexível permite uma série de benefícios, como Bilhete Único, Cartão Família, Meia Tarifa e Passe Livre do Trabalhador.

Consórcio interfederativo

O Governo de Goiás propõe que seja criado um consórcio interfederativo na região do Entorno do DF, com o subsídio mantido em parceria com a União e o Governo do Distrito Federal. Cada um dos entes arcaria igualmente com um terço do custeio do benefício.

O grupo também assistiu a uma apresentação realizada pelo presidente da CMTC, Tarcísio Abreu, com dados específicos sobre as operações, seguida de uma apresentação do diretor executivo do consórcio Redemob, Leomar Avelino. Ele mostrou à comitiva as instalações da central de controle operacional, de onde é possível monitorar o serviço em tempo real.

O coordenador-geral do GT, Anderson Bellas, adiantou que irá fazer um relatório que será apresentado ao secretário-executivo do Ministério dos Transportes para a tomada de decisão sobre a gestão do serviço no Entorno do DF, visando principalmente oferecer uma tarifa mais barata para a população.

O subsecretário de Operações da Secretaria de Mobilidade do Governo do Distrito Federal, Márcio Antônio de Jesus, disse que a visita superou as expectativas. “Viemos aqui tentar copiar essa experiência exitosa que está sendo falada em nível nacional. O projeto é audacioso e queremos copiar o que está dando certo”, pontuou.

A programação se encerrou com uma visita ao Terminal Paulo Garcia, que faz parte do corredor BRT Norte-Sul, e foi inaugurado há cerca de um ano, com instalações modernas, câmeras de segurança, bicicletário, carregadores de celular e painéis com informações sobre as linhas de ônibus em tempo real, entre outros.

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Piloto de F1 Yuki Tsunoda fica detido na imigração dos EUA por três horas e quase perde o GP de Las Vegas

Yuki Tsunoda, piloto da equipe RB na Fórmula 1, enfrentou um imprevisto bastante inusitado antes de participar do GP de Las Vegas neste fim de semana. O japonês foi detido na imigração dos Estados Unidos por cerca de três horas, correndo o risco de ser mandado de volta ao Japão e perder a corrida. O motivo? O agente da imigração não acreditou que ele fosse um piloto de F1, pois estava de pijama.

Tsunoda, que já havia estado nos EUA recentemente para o GP de Austin, no Texas, e para o de Miami em maio, explicou que não compreendeu o motivo da parada, já que estava com toda a documentação correta. “Estava de pijama, então talvez eu não parecesse um piloto de F1. Durante a conversa, até me perguntaram sobre o meu salário, o que foi desconfortável. Eu não conseguia dizer nada e senti muita pressão”, comentou o piloto.

O japonês revelou que, mesmo com a documentação adequada e o visto, não foi permitido que ele ligasse para sua equipe ou para a Fórmula 1 para esclarecer a situação. “Eu queria ligar para a equipe ou para a F1, mas na sala da imigração não podia fazer nada”, explicou. Felizmente, a situação foi resolvida após intensas conversas, e Tsunoda conseguiu entrar no país a tempo de disputar o GP.

Este episódio ilustra os desafios que os pilotos enfrentam com a imigração nos Estados Unidos, especialmente desde que a Fórmula 1 passou a ter mais de um evento no país a partir de 2022. Com isso, casos envolvendo contestação de vistos e documentação começaram a se tornar mais frequentes, colocando em risco a participação dos competidores em corridas como o GP de Las Vegas. Tsunoda, no entanto, destacou que a experiência ficou para trás e agora está focado na disputa da corrida.

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