TIJOLO SOBRE TIJOLO: O PROTAGONISMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL PRIVADA NO MARANHÃO
Setor é motor da economia maranhense, empregando 53 mil e representando R$ 6,4
bi do PIB, e busca reduzir o déficit de 319 mil moradias no estado
O barulho das betoneiras, o sobe e desce de operários e o concreto que toma
forma em diferentes pontos da cidade. A paisagem urbana do Maranhão vem mudando
rapidamente — e boa parte dessa transformação nasce da força da construção civil
privada. É ela que, há anos, sustenta o ritmo da economia estadual, movimenta
cadeias produtivas e ajuda a desenhar o futuro das cidades.
Essa é a leitura do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão
(Sinduscon-MA), que acompanha de perto o
desempenho do setor e destaca seu papel como um dos motores mais consistentes do
desenvolvimento econômico e social do Estado.
“A construção civil tem poder de tração sobre toda a economia. Cada novo
empreendimento ativa o comércio, os serviços e a indústria de materiais, além de
gerar oportunidades e ampliar a base de arrecadação”, destaca o presidente do
Sinduscon-MA, Fábio Nahuz.
Tijolo sobre tijolo: o protagonismo da construção civil privada no
maranhão — Foto: Assessoria Sinduscon MA
Os dados do Observatório da Indústria do Maranhão confirmam essa força. O setor
emprega atualmente 53.448 trabalhadores formais, sendo 26.654 na construção de
edifícios, 18.226 em obras de infraestrutura e 8.568 em serviços especializados.
Só em setembro de 2025, foram 893 novas vagas criadas, segundo o Novo Caged. É
um retrato claro de uma atividade que segue aquecida e essencial para o
equilíbrio econômico estadual.
O Valor Adicionado Bruto (VAB) da construção alcançou R$ 6,4 bilhões em 2024,
representando 3,78% do PIB maranhense, estimado em R$ 171 bilhões. Para o economista e analista técnico do Sebrae Maranhão, Cursino Raposo, o setor é um
dos que mais rapidamente convertem investimento em resultados. “Cada real
aplicado em obras privadas movimenta uma cadeia ampla de atividades, gerando
renda, empregos e consumo. É um dos segmentos mais sensíveis e estratégicos da
economia”, analisa.
Mas, além do impacto econômico, o Sinduscon-MA chama atenção para o papel social da
construção civil. O Maranhão ainda enfrenta um déficit habitacional de 319.543
moradias, segundo a Fundação João Pinheiro, sendo 39.142 concentradas na Grande São Luís. Para o sindicato, o dado reforça a urgência de fortalecer o ambiente
de negócios e ampliar os investimentos em habitação e infraestrutura urbana.
“A construção civil é muito mais que um indicador de crescimento. É uma
engrenagem de desenvolvimento urbano e social. Quando o setor privado investe,
não apenas movimenta a economia — transforma cidades, cria oportunidades e
realiza o sonho da casa própria”, afirma Fábio Nahuz.
Com base nessa visão, o Sinduscon-MA reforça
que o setor segue sendo um dos pilares do desenvolvimento do Maranhão —
sustentando empregos, inspirando novos investimentos e ajudando a construir,
tijolo sobre tijolo, as bases de um futuro mais sólido e equilibrado
Panorama da Construção Civil no Maranhão
– Empregos formais: 53.448 (Caged, set/2025)
– Participação no PIB estadual: 3,78% (VAB Construção/PIB-MA 2024)
– Valor agregado pelo setor: R$ 6,46 bilhões
– Déficit habitacional: 319.543 moradias (PNAD/FJP, 2022)
– Municípios da Grande São Luís: 39.142 moradias em déficit
– Efeito multiplicador: 1 emprego na construção → até 4 em outros segmentos
(Fonte: Observatório da Indústria, 2025)




