Construção de reservatório em Senador Canedo foi um acordo entre empresa do loteamento e a Sanesc

Construção de reservatório em Senador Canedo foi um acordo entre empresa do loteamento e a Sanesc

A construção do reservatório de água do Jardim Industrial em Senador Canedo se deu através de um Termo de Compromisso entre a empresa JVS Rosa, responsável pelo loteamento, e a Companhia de Saneamento de Senador Canedo (Sanesc) e não um Termo de Ajustamento de Conduta entre empresa e Ministério Público de Goiás (MP-GO), conforme funcionários da Sanesc informaram ontem. Apesar disso, o MP-GO acompanha os trabalhos na região e apura quem realizou a obra.

A promotora de Justiça Marta Moriya Loyola, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo, explicou ao Diário do Estado que existem problemas decorrentes do tombamento da estrutura, com famílias que foram impactadas diretamente, fisicamente. “Alguma medida de emergência deve ser tomada”. Ela aguarda o laudo pericial da Polícia Científica, mas adiantou que pode exigir que a empresa construa um novo reservatório no local.

O presidente da Sanesc, Cainâ Teodoro disse que existe um plano de fiscalização dos reservatórios e afirmou que não foram identificadas irregularidades na última vistoria, feita por uma empresa terceirizada em outubro do ano passado. Segundo ele, que também aguarda laudo da Polícia Científica, o reservatório tinha capacidade para 1,5 milhão de litros de água e estava com 600 mil litros na hora do acidente.

Um servidor da Sanesc falou com o Diário do Estado e contou que o reservatório foi construído na gestão do ex-prefeito Misael de Oliveira e colocado em funcionamento no governo do ex-prefeito Divino Lemes mesmo sem a instalação da Válvula de Regulação de Água, equipamento necessário para o funcionamento da Caixa D’Água Tipo Taça Canela Cheia, como é o caso da que tombou.

A denúncia, foi feita com exclusividade para o Diário do Estado, por um servidor da Sanesc dá conta ainda que outras duas estruturas estão na mesma situação no município e estão localizadas no Residencial Prado e na Vila São João. Além da irregularidade de funcionar sem a válvula, a construção foi feita muito próxima das casas.

* Rosana Melo especial para o Diário do Estado

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos