Construções em Senador Canedo deverão apresentar plano de gerenciamento de resíduos, pede Ministério Público

O Ministério Público de Goiás recomendou ao prefeito de Senador Canedo, Fernando Pelozzo, que a Secretaria de Planejamento Urbano Municipal só libere o alvará para construções na cidade mediante apresentação de um plano de gerenciamento de resíduos da construção civil.

Este plano deve conter a descrição da destinação final correta dos rejeitos da obra a ser executada. A expedição do “habite-se” também foi condicionada à apresentação do mesmo plano.

Segundo a promotora de Justiça, Marta Moriya, tem sido frequente a disposição de resíduos da construção civil de maneira inadequada pela cidade, por parte tanto da comunidade, quanto do setor público e das empresas privadas, causando problemas urbanos e ambientais.

A requisição deste plano de gerenciamento foi motivada por um inquérito que tramita na 2ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo, para investigar um descarte irregular de resíduos de construção. O prefeito tem 20 dias para responder sobre as providências adotadas, ou eventual rejeição da orientação. A promotora ainda alertou sobre as medidas administrativas, cíveis e penais cabíveis no caso.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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