Consulta pública da vacinação em crianças para de receber respostas

Bolsonaro duvida de vacina para crianças, mas aplicação é recomendada por especialistas

Conforme anunciou que faria, o Ministério da Saúde abriu, na noite desta quinta-feira (23), uma consulta pública sobre a vacinação de crianças contra Covid-19. No entanto, o formulário online, que ficaria aberto até 2 de janeiro, parou de receber opiniões poucas horas depois, às 10h desta sexta-feira (24). Instantes depois, a pasta subiu outro questionário.

Primeiramente, quando houve a paralisação, ao final do formulário, após responder todas as perguntas, surgia uma mensagem informando que o “número máximo de pessoas já respondeu a este formulário”. Instantes depois, a pasta colocou um “Formulário 2”, por meio do qual foi possível novamente responder às perguntas.

O questionário foi aberto em uma plataforma de formulários da Microsoft, com capacidade máxima de 50 mil contribuições.

Imagem: Reprodução/Ministério da Saúde

Perguntas do formulário

Nesse sentido, a consulta pública traz questionamentos sobre pontos defendidos pelo governo federal, como obrigatoriedade de receita médica para vacinação de crianças e a não obrigatoriedade de comprovante de vacinação em escolas.

Confira alguns exemplos de perguntas:

  • “Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a prescrição da vacina pelos pediatras ou médico que acompanham as crianças?”
  • “Você concorda com a não obrigatoriedade da apresentação de carteira de vacinação para que as crianças frequentem as escolas ou outros estabelecimentos comerciais?”
  • “Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a apresentação do termo de assentimento dos pais ou responsáveis?”
  • “Você concorda com a priorização, no Programa Nacional de Imunização, de crianças de 5 a 11 anos com comorbidades consideradas de risco para COVID-19 grave e aquelas com deficiência permanente para iniciarem a vacinação?”

Anvisa autorizou a vacinação

No dia 16 de dezembro, a Anvisa autorizou a imunização, com a Pfizer, de crianças entre 5 e 11 anos de idade. O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, disse que só haverá uma posição do governo no dia 5 de janeiro.

Até o momento, a vacina aprovada para aplicação em menores de 11 anos é a Pfizer. “No Chile, estão aplicando a CoronaVac. Países como Chile, Argentina, EUA, Canadá, China e Israel já imunizam crianças.
Conforme anunciou a Anvisa, a dosagem da vacina para crianças deverá ser reduzida.

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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