Conta de Janja no X, antigo Twitter, é bloqueada após invasão de hacker

O perfil da primeira-dama, Janja Lula da Silva, no X (antigo twitter) foi bloqueado na noite desta segunda-feira, 11, após ser hackeado. Segundo o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, o bloqueio foi feito pela mídia social após um pedido da instituição, que investiga o caso.

A conta de Janja foi invadida por volta das 21h30, quando o hacker postou que o perfil teria sido invadido por ‘Ludwing e Smalkade’. Os mesmos nomes apareceram na bio do perfil, que também foi alterada pelo criminoso.

O hacker compartilhou publicações ofensivas contra a primeira dama, o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu apoio o Mensalão” e “Super Xandão presidente do Brasil em 2026” são alguns exemplos das postagens feitas pelos hackers, além de mensagens obscenas e ofensivas contra a socióloga.

Por volta das 22h45, o perfil ainda continuava no ar, as publicações haviam sido removidas. A conta de Janja já possui mais de 1 milhão de seguidores e repercutiu entre autoridades políticas brasileiros.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, informou que os responsáveis “serão identificados e responderão por mais esse crime”.  “Os covardes que compartilham e comentam destilando seu ódio, preconceito e violência também serão identificados”, acrescentou no X.

A Secom também emitiu uma nota repudiando a invasão e afirmando que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas e que “não serão tolerados crimes, discursos misóginos, o ódio e a intolerância nas redes sociais”, diz a nota.

PF investiga o caso

Logo após a invasão ao perfil da primeira, a Andrei Passos informou que a Polícia Federal foi acionada e que uma investigação preliminar está em curso. O inquérito foi instaurado nesta terça-feira, 12, e deve procurar o principal suspeito do ataque contra a primeira dama.

Além disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que enviou uma notificação extrajudicial ao X solicitando o bloqueio da conta até o fim das investigações e a preservação de dados de acesso, mensagens diretos e endereços de IP.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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