Conta de luz em Goiás vai ficar mais cara

A empresa ainda declara que a suspensão do gás fornecido pela Petrobras à Termofortaleza, pertencente à Enel, “gerou o impacto em 5 meses (março a agosto/18) de cerca de R$ 200 milhões de reais, considerando os custos adicionais para o sistema e impactos diretos ao consumidor através da tarifa de energia”

A conta de luz dos goianos vai ficar mais cara. Um aumento médio de R$ 0,15  centavos na conta de energia para cobrir os custos com o acionamento de usinas termelétricas. Uma alternativa para preservar os reservatórios das hidrelétricas que estão baixos por conta da seca prolongada foi anunciada, essa medida será aplicada em todo o país. Esse impacto vem da decisão do governo federal em ativar a Usina Termelétrica Fortaleza, da Enel, pelo prazo de 90 dias. Para isso, a ideia é melhorar a remuneração da usina para cobrir o gasto operacional.

Com isso, automaticamente o aumento será repassado diretamente para os consumidores. Estão nos planos fazer o mesmo com três termelétricas movidas a gás natural: Uruguaiana (da AES), Araucária (Companhia Paraense de Energia-Copel) e de Cuiabá. Neste caso, o aumento da conta vai depender da necessidade de acionar ou não essas usinas. A estimativa de impacto para o consumidor é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

As medidas constam de duas portarias do Ministério de Minas e Energia, publicadas no início desta semana. A norma definitiva deve ser divulgada no fim da próxima semana, com a alegação do governo de que as usinas têm preço competitivo. Atualmente, elas não têm contrato de comercialização de energia. Em nota, a Enel, responsável pelo fornecimento e distribuição de energia elétrica em Goiás, alegou que a portaria pretende sanar uma questão que prejudica os consumidores de energia elétrica do país. A empresa ainda declara que a suspensão do gás fornecido pela Petrobras à Termofortaleza, pertencente à Enel, “gerou o impacto em 5 meses (março a agosto/18) de cerca de R$ 200 milhões de reais, considerando os custos adicionais para o sistema e impactos diretos ao consumidor através da tarifa de energia”.

“A Termofortaleza, da Enel Brasil, é uma das usinas térmicas mais eficientes com menor custo de geração do país, por isso sua operação é de suma importância nos momentos de crise energética no País. A usina foi incluída no Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), instituído no início dos anos 2000, para estimular o uso do gás natural e aumentar a segurança do abastecimento de energia elétrica.

A Enel entende que a portaria em consulta pública visa sanar temporariamente uma questão que prejudica todos os consumidores de energia do país e não apenas a Termofortaleza. Com a suspensão do gás fornecido pela Petrobras à Termofortaleza, o impacto em 5 meses (março a agosto/18) já está em cerca de R$ 200 milhões, considerando os custos adicionais para o sistema e impactos diretos ao consumidor através da tarifa de energia. Este acréscimo de custo ocorre em razão do acionamento de térmicas mais caras, incluindo usinas movidas a óleo diesel. Estudo elaborado pela PSR a pedido da Enel aponta que os prejuízos para o sistema com a paralisação da Termofortaleza poderiam ultrapassar R$ 1 bilhão no ano

A companhia acredita ainda ser extremamente necessária a preservação do ambiente legislativo e regulatório do País de forma a assegurar a estabilidade dos contratos e o ambiente seguro de investimentos. A solução definitiva e estrutural para o funcionamento da usina depende ainda de projeto de lei que garanta o fornecimento do gás.”

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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