“Do ajuste médio em discussão, cerca de dois terços é destinada a cobrir a elevação dos custos de transmissão, compra de energia e encargos setoriais. Esses fatores são definidos por lei e regulamentação, sem gestão da Enel. Apenas um terço do ajuste em discussão corresponde à parcela destinada à Enel para cobrir os custos da distribuição de energia, destinados à distribuidora para operação, expansão e manutenção da rede de energia, além de sustentar o forte volume de investimentos que a companhia vem realizando no estado”
As contas de energia podem aumentar em 12% para o consumidor em Goiás. O novo reajuste tarifário foi proposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante audiência pública realizada na última quinta-feira (23). A revisão tarifária propõe ainda um aumento de 24,65% para empresas e indústrias de alta tensão. Se aprovada pela diretoria da Aneel, essa revisão deve entrar em vigor no dia 22 de outubro deste ano. Durante a audiência, a Aneel também avaliou o serviço prestado pela Enel Distribuição Goiás, empresa responsável pelo fornecimento de energia em todo o estado.
De acordo com a Aneel, a revisão tarifária está prevista nos contratos de concessão e tem por objetivo obter o equilíbrio das tarifas com base na remuneração dos investimentos das empresas voltados para a prestação dos serviços de distribuição. Após as contribuições recebidas na audiência, a Agência submeterá o processo para deliberação da Diretoria da Agência. Os índices finais deverão ser aprovados em outubro em reunião de Diretoria, mas até lá podem sofrer alterações. Por nota, a Aneel esclareceu que a revisão tarifária, diferente dos reajustes que são anuais, ocorre de 4 em 4 anos e busca analisar as despesas e as receitas que a distribuidora teve no período. A agência afirmou ainda que, em anos que tem revisão tarifária, não há reajuste.
Também por nota, a Enel reforçou que o ajuste proposto pelo regulador na revisão tarifária se deve, em grande parte, a fatores externos não gerenciados pela distribuidora, como custo de compra energia e encargos setoriais. “Do ajuste médio em discussão, cerca de dois terços é destinada a cobrir a elevação dos custos de transmissão, compra de energia e encargos setoriais. Esses fatores são definidos por lei e regulamentação, sem gestão da Enel. Apenas um terço do ajuste em discussão corresponde à parcela destinada à Enel para cobrir os custos da distribuição de energia, destinados à distribuidora para operação, expansão e manutenção da rede de energia, além de sustentar o forte volume de investimentos que a companhia vem realizando no estado”, diz o texto.