Press "Enter" to skip to content

Contas externas têm saldo positivo de US$ 32 milhões em setembro

Última atualização 25/10/2018 | 14:55

O Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira (25), um resultado positivo das contas externas brasileiras no mês setembro.  O superávit em transações correntes (compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações), chegou a US$ 32 milhões. Mesmo assim, o resultado ainda foi menor do que o apurado no mesmo mês de 2017 (+US$ 423 milhões).

No acumulado do ano, o resultado foi negativo e chegou a US$ 7,435 bilhões, contra US$ 2,745 bilhões de déficit em igual período de 2017.

No mês passado, o superávit comercial (exportações de bens maiores que importações) chegou a US$ 4,563 bilhões, pouco abaixo do saldo registrado em setembro de 2017 (US$ 4,921 bilhões). No acumulado do ano, o superávit comercial chegou a US$ 41,001 bilhões, ante US$ 51,227 bilhões em igual período de 2017.

A conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), que também faz parte das transações correntes, ficou negativa em US$ 2,434 bilhões no mês, e em US$ 25,459 bilhões de janeiro a setembro.

Já a conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 144 milhões no mês e de US$ 1,836 bilhão nos nove meses do ano.

A conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) teve saldo negativo de US$ 2,241 bilhões em setembro, e de US$ 24,814 bilhões nos nove meses do ano.

Em setembro, como houve superávit, as contas externas não precisaram ser cobertas pelo investimento direto no país (IDP). Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, pois os recursos são aplicados no setor produtivo.

Desde maio, há uma sequência de aumento dos investimentos diretos no país, que hoje representam 3,68% do Produto Interno Bruto (a soma de bens e serviços produzidos no país). Para outubro, a previsão é que o IDP fique em US$ 8,5 bilhões. Neste mês, até o dia 23, o ingresso chegou a US$ 6,9 bilhões, de acordo com os dados preliminares.