Com a possível indicação a ser feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (UB), daquele que caminhará ao seu lado como pré-candidato a vice-prefeito, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Sandro Mabel (UB), tem se esforçado para convencer lideranças do MDB de que há uma vantajosa contrapartida caso o partido fique de fora da chapa em que ele estará à frente nestas eleições.
Embora publicamente não atrele uma coisa à outra, Mabel tem repetido que, se eleito prefeito da capital, será “fiel” e “leal” ao vice-governador Daniel Vilela, presidente regional do MDB. E que seu “compromisso” nas eleições de 2026, como pré-candidato a prefeito apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), é com Daniel, que assumirá o Palácio das Esmeraldas a partir de abril daquele ano e, poucos meses depois, disputará a reeleição. Traduzindo: o MDB “perde” agora para “ganhar” lá na frente.
Mabel ainda garante que lançará mão de pesquisas qualitativas para definir o “perfil ideal” daquele que será seu companheiro de chapa. Algo que tem sido visto nos bastidores como estratégia para que ele ganhe tempo, acalme o ânimo dos emedebistas e reforce a tese de que o MDB será beneficiado com o apoio irrestrito e incondicional dele – caso eleito prefeito do maior colégio eleitoral do estado – para que o partido, depois de 25 anos, tente voltar ao comando do Governo de Goiás.
Nas declarações que já fez sobre o tema, Daniel demonstra cautela. Como dirigente partidário, diz reconhecer a legitimidade dos correligionários em pleitear a vice e destaca sempre a força do MDB e de sua militância em Goiânia. Mas sem pressionar Mabel.
De qualquer forma, o pré-candidato caiadista terá que se empenhar para minimizar eventuais desgastes que surgirão após bater o martelo pela indicação do presidente da Assembleia e dos cinco partidos cujas lideranças estão em sua órbita (PSB, PRD, PMB, Agir e Avante). Pelo menos hoje, esta é a tendência.