Contratante pede que influencer use vestido com manga porque marido tem histórico de assédio

Uma influenciadora digital foi contratada para trabalhar em uma festa de criança, mas um pedido inusitado chamou atenção. A contratante pediu que a fantasia de sereia que Laura Sabino deveria usar precisaria ter mangas longas porque o marido tem histórico de assédio. Ela denunciou a situação constrangedora pelo Twitter nesta quinta-feira, 15. 

“Esse fim de semana vou animar uma festa com tema de ‘A pequena Sereia’. Para essa personagem o buffet tem duas  opções: sereia ou humana. Pois a  mãe da criança acaba de me ligar falando que vai comprar um vestido de mangas tampado porque o marido dela tem histórico de assédio. Tipo, socorro??”, compartilhou na rede social.

Laura informou que não aceitou participar do evento após saber do detalhe a respeito do pai da menina. “Pensei que ia falar sobre o cuidado com as crianças, alimentação, intolerância à lactose e tal. Era sobre maquiagem, assédio e vestido…”, lamentou.

Os internautas ficaram chocados com o relato da influenciadora de 23 anos de idade. “Ela não liga e obviamente acha que é culpa da roupa que a vítima está usando”, escreveu um seguidor, enquanto outro publicou “Eu não entendi se ela está tentando te proteger dele ou se ela está tentando te proteger dela achar que a culpada é você”.

Assédio no Brasil

No Brasil, o assédio sexual é crime, definido no artigo 216-A do Código Penal como “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”. A pena prevista é de detenção de um a dois anos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos