Contrato de projeção mapeada no Congresso Nacional por R$ 755 mil: Senado inova em comunicação

Igor Gadelha

Em licitação, Senado prevê contratar por um ano empresa para fazer projeções no prédio do Congresso Nacional, ao custo de R$ 755 mil

O DE vai desembolsar cerca de R$ 755 mil, ao longo de um ano, para ter as já tradicionais projeções na fachada do palácio do Congresso Nacional em datas comemorativas. O valor foi estimado em licitação aberta na quinta-feira (21/11) para contratar empresa que faça a chamada “projeção mapeada” em datas estipuladas pelo Senado.

Projeção na fachada do Congresso Nacional com a bandeira do Rio Grande do Sul. Projeção no DE em homenagem a Constituição e a democracia. Projeção no DE em homenagem a Constituição e a democracia. O DE recebe projeção de frases e imagens sobre a marcha dos povos indígenas.

No certame, o Senado prevê realizar 10 projeções ao longo de 12 meses. As datas não estão no contrato, que prevê apenas que a Casa Legislativa irá avisar com antecedência para a produção dos vídeos.

O DE alega na licitação que as projeções são uma “forma diferenciada de comunicação” e que torna a instituição mais “acessível e compreensível para o cidadão”. “A utilização das fachadas de edifícios públicos para projeção de imagens, vídeos, frases e desenhos estreita a interação do público com a Casa, tornando a instituição mais acessível e compreensível para o cidadão”, afirma a licitação.

A previsão é que cada projeção custe R$ 75,5 mil. A licitação prevê uma série de exigências nas configurações técnicas dos projetores, além de pedir um gerador próprio e segurança para os equipamentos. Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Acesse a coluna do DE.

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Bolsonaro nega golpe e defende medidas constitucionais após ser indiciado pela PF

Bolsonaro diz que estudou medidas “dentro das 4 linhas” e nega golpe

Ex-presidente foi indiciado pela PF por abolição violenta do Estado democrático
de Direito, golpe de Estado e organização criminosa

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda-feira
(25/11), que sempre jogou “dentro das quatro linhas” da Constituição e negou
envolvimento em trama para dar golpe de Estado após perder a eleição de 2022
para o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal, junto a 36 pessoas ligadas a ele,
sob a acusação de ter tramado para impedir a posse de Lula em 2023,
numa investigação que incluiu ações de autoridades do antigo governo e a
mobilização em frente a quarteis que culminou nas depredações de 8 de Janeiro de
2023.

“Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É
um absurdo o que está falando. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe.
Se alguém viesse discutir golpe comigo, eu ia falar, ‘tá, tudo bem, e o after
day? E o dia seguinte, como é que fica? Como é que fica o mundo perante a
nós?”, defendeu-se o ex-presidente. “Agora, todas as medidas possíveis dentro
das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei”, completou Bolsonaro.

O ex-presidente desembarcou em Brasília nesta segunda e conversou com a imprensa
e apoiadores cercado por parlamentares do PL, como o senador Flávio Bolsonaro
(PL-RJ) e o deputado Coronel Zucco (PL-RS).

A PF indiciou o ex-presidente e mais 36 pessoas pelos crimes de abolição
violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização
criminosa. A corporação ainda investiga a trama de militares com cargos no
governo para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro saiu de Alagoas, capital de Maceió, com destino a Brasília na tarde
desta segunda. Durante a passagem pelo Nordeste, o ex-presidente se encontrou
com Gilson Machado, ex-ministro do Turismo.

A PF encaminhou o inquérito para o STF, que agora deverá enviar o documento para
o Procurador-Geral da República (PGR).

Nesta segunda, Bolsonaro disse que espera que Paulo Gonet tenha uma postura
isenta ao analisar o caso.

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