Controle do tráfego aéreo no Brasil: terminais e divisão do espaço aéreo

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Entenda o que são terminais e como funciona o controle do tráfego aéreo no Brasil

Diferente do que se imagina, os controladores não trabalham apenas nas torres de controle, localizadas dentro dos aeroportos. Muitos deles estão em uma das 40 terminais de controle de aproximação espalhadas por vários municípios.

Nesses locais, os controladores são responsáveis pelos aviões que estão em procedimento de subida ou descida, no espaço aéreo chamado Área de Controle Terminal, a uma altura entre 1,6 mil metros e 6 mil metros. Como não enxergam a aeronave, eles orientam o tráfego utilizando informações de radares ou, na falta deles, se baseiam nos reportes de posição feitos pelos pilotos.

O espaço aéreo brasileiro possui cerca de 22 milhões de quilômetros quadrados. O controle do tráfego é responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), um órgão ligado à Força Aérea Brasileira.

O profissional que orienta os pilotos, mantendo a separação entre as aeronaves no solo ou no ar, é o controlador de tráfego aéreo. Ele atua no espaço aéreo controlado. Acima, no espaço não-controlado, cabe aos pilotos manter a separação das aeronaves de acordo com a regulamentação do país onde estão.

Segundo o Decea, 14 terminais operam sem radar porque não atendem aos critérios para a instalação do equipamento. Um dos requisitos é o tráfego aéreo na área ter ao menos 45 mil pousos e decolagens por ano, sendo 10 mil deles de linha aérea regular, ou 60 mil pousos e decolagens, sendo 5 mil de linha aérea regular. Segundo os controladores ouvidos pelo DE, essa é uma “métrica falha e insegura”.

Os controladores também trabalham nos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, localizados em Brasília, Curitiba, Recife e Manaus. Esse espaço aéreo está acima da Área de Controle Terminal e os radares são indispensáveis.

ENTENDA A DIVISÃO DO ESPAÇO AÉREO

O espaço aéreo controlado se divide em seis áreas ou zonas, todas de responsabilidade dos controladores de tráfego aéreo. São elas:

– Zona de Tráfego Controlado (ATZ): envolve o movimento de aviões no solo, dentro de um aeroporto. O serviço é prestado pelos controladores a partir de uma torre de controle.
– Zona de Controle (CTR): área que começa no solo e se prolonga verticalmente até certa altitude. Nem todos os aeródromos possuem esse tipo de zona.
– Área de Controle Terminal (TMA): os profissionais que controlam esse espaço aéreo trabalham nas chamadas terminais, que é diferente da torre de controle. Eles são responsáveis pelo tráfego de vários aeródromos da região, não apenas de um aeroporto. Para orientar os procedimentos de pouso e decolagem, os controladores precisam de radar ou, na falta deles, se baseiam nas informações do piloto para saber a localização do avião.
– Área de Controle (CTA): espaço aéreo que está acima da Área de Controle Terminal. O controle de tráfego aéreo é feito pelos controladores a partir dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, localizados em Brasília, Curitiba, Recife e Manaus. Nesse ponto, radares são indispensáveis.
– Área de Controle Superior (UTA): espaço aéreo que se inicia logo após uma Área de Controle e não possui limite vertical superior. Logo, ela compreende as aerovias superiores.
– Aerovias: é uma parte de uma Área de Controle em forma de corredor. Se dividem em aerovias inferiores, mais baixas, ou superiores, mais altas.

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