A recuperação judicial do Vasco vem sendo alvo de polêmica e protestos, incluindo o pedido de impugnação por parte de alguns credores trabalhistas. A assembleia que aprovou o plano de recuperação judicial do clube foi seguida por várias impugnações e ressalvas, principalmente de credores da classe trabalhista. Documentos entregues à Justiça apontam possíveis irregularidades na condução da assembleia e tratamento desigual entre credores da mesma categoria.
Um termo de impugnação na Justiça foi apresentado por sete credores do Vasco, destacando-se o ex-jogador Wendel como representante. O maior credor trabalhista do clube é Wendel, que possui um crédito de quase R$ 20 milhões a receber. Seu advogado criticou duramente o plano de recuperação judicial, apontando falta de quórum na assembleia, ilegalidades no tratamento aos credores trabalhistas e mudanças no plano aditivo às vésperas da assembleia.
O ex-jogador Valdir Bigode também fez um protesto durante a assembleia de credores do Vasco, apontando a necessidade de revisão do plano de pagamento. Mesmo tendo aprovado o plano posteriormente, suas críticas à condução do processo foram destacadas por seu advogado. Valdir é titular de um crédito trabalhista considerável e sua situação financeira foi apresentada como um exemplo de desrespeito durante o processo.
Além das críticas ao conteúdo do plano, o Banco Bradesco se manifestou contrário a cláusulas que tratam de novação das dívidas e extinção da exigibilidade dos créditos. O banco discorda de diversas disposições do plano, como a previsão de alienação de ativos e aditamentos pós-homologação. Questionamentos também foram feitos sobre o procedimento de votação na assembleia de credores, buscando a validade da votação e a exclusão de votos irregulares.
Diante das impugnações e ressalvas apresentadas, a condução da assembleia de credores do Vasco vem sendo questionada na Justiça. Além das irregularidades apontadas nos documentos entregues, a falta de tempo hábil para análise do plano aditivo e a possível exclusão de votos irregulares são temas de contestação. Os próximos passos dependem da avaliação da Justiça sobre a validade da assembleia e do plano de recuperação judicial.