Cooperativas habitacionais se consolidam em Goiás

Entrega do Selo de Conformidade a cooperativas habitacionais na sede da OCB Goiás

As cooperativas habitacionais Gran Paris, Gran Parque, Jardim Goiás e M137, ligadas ao Grupo Cooperacinco, receberam nesta sexta-feira, 16, o Selo de Conformidade Cooperativista, do Sistema OCB/GO. A iniciativa, que conta com o apoio das entidades que representam o setor imobiliário em Goiás, objetiva garantir maior segurança ao setor imobiliário, especialmente aos compradores de imóveis.

Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO, explica que as cooperativas são certificadas a partir de uma rigorosa análise do cumprimento das normas e princípios cooperativistas, a exemplo do direito de todos os cooperados participarem das decisões das assembleias relativas ao andamento das obras, o que confere o caráter democrático à iniciativa.

Atualmente, 18 cooperativas habitacionais estão registradas na OCB/GO, submetidas a um processo de avaliação e acompanhamento. O objetivo é torná-las aptas a receberem a certificação, ajudando o segmento a se consolidar e a ganhar credibilidade no mercado goiano.

Cenário positivo

Diretor da Cooperativa Jardim Goiás e do Grupo Cooperacinco, que atua em Goiás desde 2007, Adonídio Neto Vieira Júnior avalia que 2023 foi um ano de maior estabilidade para a construção civil. “Nos anos anteriores, enfrentamos altas significativas nos preços dos materiais de construção, o que atrapalhou o nosso planejamento financeiro e aumentou o valor de alguns empreendimentos”, diz.

Adonídio afirma que a queda da inflação proporciona mais segurança para investir no segmento em 2024. “Isso beneficia tanto os que já são cooperados, quanto aqueles que pretendem se tornar cooperados em novos empreendimentos”, enfatiza.

A gradativa redução da taxa de juros também tem sido benéfica para o segmento das cooperativas habitacionais. “Para nós, uma taxa de juros perto da inflação é o melhor cenário. Acreditamos que ela possa cair um pouco mais e ficar um pouco acima da inflação, o que nos ajuda a recompor o capital investido”, diz o diretor da cooperativa Jardim Goiás.

Adonídio Neto anunciou, durante a entrega do Selo de Conformidade, que o sucesso obtido em Goiás incentivou o grupo a expandir sua operação para outros Estados. Em breve, um novo projeto será desenvolvido no Rio Grande do Norte, antecipou.

Credibilidade

O diretor destacou ainda a importância da certificação promovida pelo Sistema OCB/GO para as cooperativas habitacionais. “O selo confere a todos que o conquistam a certeza de que a cooperativa é de confiança, é verdadeira e fiscalizada pelo OCB/GO.”

Para Glaúcio Madeira, presidente da Central Cooperluxo, que teve suas cooperativas singulares certificadas em 2023, a criação do Selo de Conformidade é de grande relevância para o segmento. “Essa iniciativa mostra à sociedade goiana que as cooperativas certificadas têm uma gestão profissional, baseada em princípios e valores do cooperativismo. Precisamos que mais cooperativas busquem essa certificação, para juntos ajudarmos na organização e na sustentação do cooperativismo habitacional no Estado”, destacou.

Luís Alberto acrescentou que as cooperativas têm procurado a OCB/GO porque o Selo de Conformidade confere a elas mais credibilidade e um diferencial no mercado. “Creio que outros Estados vão seguir o nosso exemplo, o que é bom para o cooperativismo goiano e brasileiro”, acrescentou o dirigente.

Participaram da cerimônia de entrega do Selo de Conformidade Cooperativista o Secretário de Infraestrutura do Estado de Goiás e presidente do Fundeinfra, Pedro Sales; os presidentes da Ademi, Felipe Melazzo; do Crea, Lamartine Moreira Junior; do Sinduscon- GO, Hidebrair Henrique de Freitas; e da Central Sicoob Uni, Raimundo Nonato Leite, entre outros.

 

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Arrecadação federal em outubro fecha com maior resultado em 30 anos

A arrecadação federal total cresceu 9,77% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta quinta-feira, 21, a Receita Federal. No mês, a arrecadação foi de R$ 247,92 bilhões, enquanto em outubro do ano passado somou R$ 225,9 bilhões, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É o maior resultado já registrado para meses de outubro desde o início da série histórica, em 1995, ou seja, em 30 anos.

No período acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação alcançou R$ 2,217 trilhões, representando um acréscimo de 9,69%, descontado o IPCA. Em relação às Receitas Administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado, no mês de outubro, foi de R$ 225,23 bilhões, representando um acréscimo real de 9,93%. No período acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação alcançou R$ 2,1 trilhões, registrando acréscimo real de 9,70%.

De acordo com a Receita, o resultado da arrecadação pode ser explicado, principalmente, “pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior”.

Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 7,40% na arrecadação do período acumulado e de 8,87% na arrecadação do mês de outubro.

Em relação ao PIS/Pasep e a Cofins houve uma arrecadação conjunta de R$ 47,19 bilhões, representando crescimento real de 20,25%.

Segundo o órgão, esse desempenho é explicado pela combinação dos aumentos reais de 3,89% no volume de vendas e de 4,02% no volume de serviços de setembro de 2023 a setembro deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE), e pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis, pelo aumento no volume de importações e pelo desempenho positivo das atividades financeiras.

No período de janeiro a outubro, o PIS/Pasep e a Cofins apresentaram um crescimento real de 19,39%, totalizando uma arrecadação de R$ 444,7 bilhões. Esse resultado decorre, principalmente, do aumento real de 3,95% no volume de vendas e de 2,5% no volume de serviços entre dezembro de 2023 e setembro deste ano, em relação ao período compreendido entre dezembro de 2022 e setembro de 2023.

Também influenciou no resultado, o aumento no volume de importações e de alterações na legislação, com destaque para a retomada da tributação sobre os combustíveis, cuja base se encontrava desonerada no ano anterior, e para a exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições.

Os dados mostram que o Imposto sobre Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados Vinculado à Importação apresentaram uma arrecadação conjunta de R$ 11,12 bilhões, representando crescimento real de 58,12%.

O aumento expressivo é resultado dos aumentos reais de 22,21% no valor em dólar sobre o volume das importações, de 11,04% na taxa média de câmbio, de 30,35% na alíquota média efetiva do Imposto sobre Importação e de 8,23% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

De janeiro a outubro, a arrecadação conjunta dos tributos foi de R$ 87,5 bilhões, representando crescimento real de 28,97%. Esse resultado também decorreu dos aumentos reais de 9,40% no valor em dólar sobre o volume das importações, de 5,41% na taxa média de câmbio, de 20,06% na alíquota média efetiva do Imposto sobre Importação e de 8,84% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

Já no que diz respeito à Receita Previdenciária, outubro apresentou uma arrecadação de R$ 54.2 bilhões, o que representa um crescimento real de 6,25%.

“Esse resultado se deve ao crescimento real de 6,86% da massa salarial, de 9,79% na arrecadação do Simples Nacional Previdenciário e de 10,86% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no comparativo de outubro deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior”, disse a Receita.

No período de janeiro a outubro, a Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 539.6 bilhões, com crescimento real de 5,77%. O resultado se deve ao crescimento real de 7,20% da massa salarial e de 12,77% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no período de janeiro a outubro de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A arrecadação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) apresentou, no período de janeiro a outubro, um aumento real de 16,85%, em função da atualização de bens e direitos no exterior, que somou R$ 7,7 bilhões. No período, a Receita arrecadou R$ 62,16 bilhões.

Em outubro, a Receita informou que a arrecadação do IRPF foi de R$ 4,9 bilhões, crescimento de 6,71%, resultante, principalmente, do aumento real de 6,93% na arrecadação relativa às quotas-declaração e de 17,46% na arrecadação proveniente do carnê-leão.

O Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) apresentaram, em outubro, um crescimento de 4,29%, somando uma arrecadação conjunta de R$ 57,349 bilhões.

O desempenho pode ser explicado pelos acréscimos reais de 9,15% na arrecadação do balanço trimestral, de 8,8% no lucro presumido e de 22,06% na arrecadação do item Lançamento de ofício, depósitos e acréscimos legais.

No período de janeiro a outubro, a arrecadação do IRPJ foi de R$ 284,3 bilhões e da CSLL foi de R$ 151,5 bilhões, o que representa aumentos de 0,49% e de 3,42%, respectivamente.

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