Coordenador do DNOCS na Bahia investigado em operação Overclean

O Governo Lula mantém como coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) na Bahia Rafael Guimarães de Carvalho, investigado e alvo de busca e apreensão em 10 de dezembro de 2024, na operação Overclean. A investigação da Overclean é sobre uma organização criminosa suspeita de desvios milionários em contratos com o DNOCS, municípios e estados, com movimentações que chegam a R$ 1,4 bilhão entre 2018 e 2024.

O DNOCS é uma autarquia pública vinculada ao ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, liderado por Waldez Góes. Rafael Guimarães, que tem como padrinho político o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), ocupa o cargo desde junho de 2023. Mesmo diante das investigações e do envolvimento em conversas com empresários que foram presos, a permanência de Guimarães no cargo tem sido questionada.

A coluna entrou em contato com o DNOCS e o ministro Waldez Góes para questionar o motivo da manutenção de Rafael Guimarães no cargo, porém, até o momento, não houve resposta por parte da autarquia ou do ministério. Nas conversas interceptadas pela Polícia Federal na operação Overclean, o coordenador do DNOCS na Bahia é citado em diálogos com o empresário Alex Parente, considerado um dos líderes de uma organização criminosa que atuava em desvios de contratos multimilionários.

Uma das licitações vencidas pela empresa Allpha Pavimentações, dos irmãos Parente e alvo das investigações, ocorreu durante a gestão de Rafael Guimarães. A Allpha Pavimentações recebeu, segundo informações da coluna, R$ 67 milhões do DNOCS, parte desse montante proveniente do orçamento secreto, que totalizou pelo menos R$ 130 milhões em contratos firmados.

Planilhas com citações a pagamento apontados como propina pela PF foram encontradas e corroboram com as suspeitas de irregularidades nos contratos realizados pelo DNOCS na Bahia. As investigações continuam em andamento para apurar o envolvimento de Rafael Guimarães e a organização criminosa nos desvios de verbas públicas. Acesse a coluna do Metrópoles para mais informações sobre esse caso em desenvolvimento.

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