COP 30 em Belém: obras somam mais de R$ 7 bi faltando 200 dias para conferência

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A 200 dias da COP 30: levantamento mostra como estão as obras, que já somam mais de R$ 7 bi em Belém

Desde junho de 2024, o número de obras quase triplicou em Belém, passando de 13 para 37, com um aumento nos investimentos de R$ 4 bilhões para R$ 7 bilhões em menos de um ano. Um levantamento feito pelo DE mostra que 14 obras não possuem informações sobre andamento e data de conclusão.

Faltando apenas 200 dias para a Conferência Mundial do Clima no Pará, 14 de 37 obras ainda não informam o percentual de andamento até abril de 2025. Um levantamento feito pelo DE sobre os projetos em Belém, que já somam investimentos de mais de R$ 7,2 bilhões, aponta para essa situação.

Em junho de 2024, o levantamento havia identificado ao menos 13 obras. Agora, em abril de 2025, esse número praticamente triplicou para 37. O total de investimentos também cresceu, quase dobrando de R$ 4 bilhões para R$ 7 bi, com recursos de diversas origens, incluindo a Itaipu Binacional, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros.

Os dados foram coletados a partir de informações divulgadas pelos anfitriões – a Prefeitura de Belém, o Governo do Pará e o Governo Federal, e financiados pelo evento. Também foram coletados dados em documentos oficiais, como relatórios de gestão e atualizações no Portal da Transparência.

O investimento total nas obras estruturantes para COP 30 supera o orçamento em 2025 de seis das sete capitais da Região Norte, incluindo a própria sede, Belém. Entre essas capitais, apenas o orçamento de R$ 10,5 bilhões de Manaus é maior do que os recursos para a COP 30.

Algumas obras já estavam em andamento antes de 2023, quando o Brasil foi oficializado como país-sede, e acabaram atreladas ao rol de obras da COP pelo governo. É o caso do BRT Metropolitano, uma das principais da região metropolitana de Belém. Já a modernização do Aeroporto Internacional e requalificação do Hangar Centro de Convenções são menos complexos.

Desde junho de 2024, o DE vem monitorando o andamento das obras. Neste novo balanço, 14 dos 37 projetos seguem sem atualização sobre o status. O Parque da Cidade é o empreendimento mais avançado e financiado pela Vale, sendo o projeto mais caro que abrigará as atividades oficiais da COP 30.

A área de infraestrutura é a que mais tem projetos e recursos, com 14 obras com um orçamento de R$ 2,7 bilhões. Já saneamento e mobilidade são categorias que atingem o maior número de bairros. A pavimentação de ruas e avenidas envolve 26 bairros, enquanto a gestão de resíduos sólidos, educação ambiental e inovação em bioeconomia atinge 37 localidades.

Os recursos para as obras vêm de diversas fontes, incluindo o Governo Federal, Governo do Pará, Prefeitura de Belém, Itaipu Binacional, BNDES, Caixa Econômica, iniciativa privada e fundos internacionais. Segundo a diretora socioambiental do BNDES, todas as obras aprovadas pelo banco são reembolsáveis, com taxa de juros de mercado e prazos alongados para pagamentos.

A COP 30 em Belém tem gerado oportunidades de emprego e movimentado a construção civil na região, com a criação de aproximadamente 5.500 empregos diretos e indiretos. A COP é vista como uma oportunidade de emprego e de retenção de trabalhadores no setor da construção civil pela indústria local.

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