COP30: o ‘cabo de guerra’ sobre petróleo e dinheiro para responder às mudanças climáticas

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A segunda e última semana da 30 Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, começa nesta segunda-feira (17/11) em meio a um clima de incerteza sobre se o evento conseguirá obter resultados concretos em temas considerados cruciais para o futuro do planeta: a redução no uso dos combustíveis fósseis e o dinheiro necessário para preparar os países para a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Apesar de a presidência brasileira da COP, a cargo do diplomata André Correa do Lago, se esforçar para manter a imagem de que as negociações vêm correndo de forma natural, o impasse em torno de alguns temas já gerou, inclusive, um alerta do secretário da ONU para Mudanças Climáticas, Simon Stiell, durante uma reunião plenária no sábado (15/11). ‘O relógio está correndo (…) Se vocês não se alinharem e encontrarem um terreno comum sobre questões importantes para os outros, a COP30 não produzirá resultados que mostrem que (o Acordo de) Paris está funcionando’, afirmou Stiell. Esta semana será marcada pela chegada dos ministros de Estado para liderarem as negociações por seus países. A expectativa é de que a presença deles possa destravar alguns embates, uma vez que eles teriam mais margem política para ceder em pontos considerados sensíveis pela equipe técnica, formada, na maior parte das vezes, por diplomatas. ‘É normal que a primeira semana seja mais travada porque as negociações são feitas pela equipe técnica, e não pela equipe política. Agora, entramos na semana ministerial. É quando a gente começa a ter mais flexibilidade nas negociações porque os ministros têm mais autonomia’, explica à BBC News Brasil a especialista em política climática da organização não-governamental Greenpeace Brasil, Ana Cárcamo.

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