“Copa América 1983: O Sorteio de Cara ou Coroa que Decidiu o Destino do Brasil”

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Em um dos capítulos mais inusitados da história do futebol brasileiro, a semifinal da Copa América de 1983 entre Brasil e Paraguai foi decidida em um sorteio de cara ou coroa. O confronto épico ocorreu no Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, sem prorrogação nem disputa de pênaltis previstas no regulamento. O time comandado por Carlos Alberto Parreira saiu vitorioso desse curioso desfecho e avançou à final contra o Uruguai.

Um dos jogadores da Seleção naquela partida memorável foi o Maestro Júnior, ídolo do Flamengo e comentarista do Grupo Globo. Em entrevista ao portal ge, Júnior classificou o jogo como o mais estranho de sua carreira. Segundo ele, a decisão na moedinha foi percebida como uma ofensa pelos jogadores, que não consideraram a vitória como uma conquista legítima para o currículo.

A Copa América de 1983 foi marcada por esse episódio insólito, sendo a última edição do torneio sem uma sede fixa. O Brasil, após eliminar Argentina e Equador na fase de grupos, enfrentou o Paraguai na semifinal, empatando os dois jogos e recorrendo ao sorteio de cara ou coroa para definir quem avançaria à final. Essa situação excepcional gerou polêmica e críticas da época.

O sorteio ocorreu no vestiário do estádio, sendo arbitrado por uma moeda de 5 bolívares atirada para o alto. Apesar da comemoração inicial dos paraguaios presentes na sala, o representante brasileiro foi observador perspicaz e identificou que a sorte estava do lado verde e amarelo. O São Pedro favoreceu os brasileiros naquele dia e garantiu a classificação.

Porém, na final da Copa América de 1983, a sorte não sorriu para o Brasil. O Uruguai conquistou o título ao vencer a primeira partida no Estádio Centenário e empatar na Fonte Nova, em Salvador. A crítica à Conmebol pela escolha do desempate no sorteio de moeda feita pelo presidente da CBF à época evidenciou a controversa metodologia adotada.

Apesar de inusitado, o sorteio de cara ou coroa como critério de desempate não foi inédito no futebol mundial. Outros torneios e competições importantes já se valeram dessa prática para definir resultados. Em 1975, o Peru eliminou o Brasil no sorteio de moeda também nas semifinais da Copa América, reforçando a peculiaridade desse desfecho atípico no esporte.

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