Copa do Mundo do Catar é cercada por protestos ao redor do mundo

Copa do Mundo do Catar Estádio de Lusail

No próximo domingo, 20, começa oficialmente a Copa do Mundo de 2022. Apesar de toda a expectativa pelo início da principal competição de seleções do planeta, o torneio também vem sendo marcado por inúmeras manifestações. O Catar, anfitrião do Mundial, está sofrendo protestos a favor dos direitos humanos. A nação asiática acumula controvérsias contra minorias, como mulheres e pessoas LGBTQIA+.

Os protestos contra a Copa do Mundo do Catar

Um dos protestos mais célebres contra a Copa do Mundo é da seleção da Dinamarca. O país europeu, que participará da competição, alterou o padrão de cores do seu uniforme a fim de não deixar o escudo visível, por não compactuar com os ideais do Catar. No entanto, a Fifa proibiu que a equipe entrasse em campo de tal maneira.

Cidadãos da Alemanha também vêm sendo bastante contundentes nas críticas contra o Catar. As torcidas organizadas dos times Borussia Dortmund, Hertha Berlin, Werder Bremen e Bayern de Munique pedem liberdade de expressão e direitos das mulheres, entre outras questões.

A Seleção dos Estados Unidos decidiu mudar o escudo e estampar as cores do arco-íris, em apoio à causa LGBTQIA+. Vale ressaltar que, no Catar, a homossexualidade é crime.

Além disso, quanto a outras quebras de direitos humanos, estima-se que cerca de 15 mil pessoas morreram nas obras para a Copa do Mundo, devido às más condições de trabalho.

Em resposta a tantas manifestações, a Fifa se limitou a pedir que os países “foquem no futebol”, rechaçando “batalhas ideológicas”. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por exemplo, fez coro à declaração do presidente da entidade, Gianni Infantino, e não organizou nenhum tipo de protesto contra a Copa do Mundo.

O mesmo não se aplica a artistas como Dua Lipa. A cantora se recusou a se apresentar no Catar por conta das quebras de direitos humanos no país.

Já o atacante Harry Kane, da Inglaterra, usará uma braçadeira com as cores do arco-íris, como forma de apoio aos LGBTQIA+. Por outro lado, o goleiro Lloris, da França, afirmou que não usará por “respeito” à cultura local.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp