Copa do Mundo do Catar proíbe bandeiras LGBTQIA+ para proteger torcedores

Copa do mundo do Catar proíbe bandeiras LGBTQIA+ para proteger torcedores

Foi anunciando nesta sexta-feira (01) pela organização da Copa do Mundo do Catar, que não será aceito o uso de bandeiras de arco-íris, que representam o movimento em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+ durante os jogos da copa que serão disputados entre novembro e dezembro deste ano.

Segundo o líder sênior que supervisiona a segurança do torneio, a decisão foi tomada não como forma de censura, mas sim, para proteger os membros e apoiadores da comunidade de serem atacados.

O major-general do Catar, Abdulaziz Abdullah Al Ansari, afirmou que casais LGBTQIA+ serão bem-vindos e aceitos no país, apesar das relações entre pessoas do mesmo sexo continuarem sendo criminalizadas na conservadora nação árabe.

Nesta semana o presidente da FIFA, Gianni Infantino, afirmou que todos serão bem vindos no Catar, mesmo que seja pessoas da comunidade LGBTQIA+. Já Al Ansari, disse que não está dizendo aos fãs LGBTQIA+ que fiquem longe do Catar, mas que eles precisam ser reservados, ficando juntos como casais apenas em seus quartos, já que não é algo da conta das autoridades do Catar.

A diretora de responsabilidade social e educação da FIFA, Joyce Cook, disse em 2020 que ‘bandeiras arco-íris, camisetas serão bem-vindas no estádio – isso é um fato. Eles entendem muito bem que essa é a nossa postura.’ O presidente-executivo da Copa do Mundo, Nasser Al-Khater, também disse que ‘irão respeitar’ as diretrizes da FIFA sobre permitir bandeiras do arco-íris.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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