Copiloto de helicóptero baleado em operação policial é transferido para hospital
particular
O estado de saúde de Felipe Marques Monteiro, de 45 anos, era gravíssimo na manhã
desta sexta-feira (21). O agente estava internado no Hospital Municipal Miguel
Couto, na Gávea.
A família do copiloto de helicóptero baleado em operação policial pede doações de
sangue
DE
O copiloto da Polícia Civil, baleado na cabeça durante uma operação
na Vila Aliança na última quinta-feira (20), foi transferido nesta
sexta-feira (21) para um hospital particular. O nome da unidade não foi
divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde.
Felipe Marques Monteiro, de 45 anos, estava internado no Hospital Municipal
Souza Aguiar, após passar por cirurgia. Na última atualização sobre seu estado
de saúde, o quadro era gravíssimo. A família pede doações de sangue para o
policial.
Um dia após o copiloto da Polícia Civil ser baleado, a Secretaria Estadual de
Administração Penitenciária (Seap) fez uma revista na Penitenciária Esmeraldino
Bandeira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
A unidade abriga integrantes da facção Terceiro Comando Puro (TCP), a mesma que
atua na Vila Aliança, e faz parte de uma ação integrada com as demais com as
demais forças de segurança do Rio de Janeiro.
O agente foi alvejado quando o equipamento em que ele estava sobrevoava uma área
de mata da comunidade.
Felipe foi baleado durante uma operação
contra uma quadrilha especializada em roubos de vans. Segundo
a investigação, a quadrilha atua principalmente na Zona Oeste da capital
fluminense. Após roubar os veículos, o bando desmancha e revende as peças.
Criminosos armados teriam atirado do alto de um morro que cerca a comunidade.
O helicóptero onde Felipe foi baleado é o mesmo que, em fevereiro, esbarrou em
uma rede elétrica ao tentar desviar de tiros na Baixada Fluminense. O incidente, registrado em vídeo,
causou uma explosão. Ninguém se feriu.
O helicóptero onde ele estava passou por perícia na tarde de quinta, no
Grupamento de Operações Aéreas, na Lagoa.
A Polícia Civil possui quatro helicópteros na corporação. Além desse, usado na
operação desta quinta, outros dois já estavam fora de serviço porque também
foram atingidos por tiros.
Dados da Polícia Civil mostram um aumento de 267% nos ataques contra as aeronaves
entre 2019 e 2023.
A Polícia Civil classifica as quadrilhas de “facções narcoterroristas”.
“A Polícia Civil vai dar a resposta, pode ter certeza disso. A gente tá
investigando, já temos várias pessoas identificadas que participaram. A resposta
vai ser dada à altura e na proporção do ataque que nós fomos vítimas”, disse
Felipe Curi, secretário de Polícia Civil.