Coreia do Norte anuncia lançamento de míssil intercontinental no mar do Japão

A Coreia do Norte anunciou hoje (4) em sua TV estatal que lançou com êxito pela primeira vez um míssil balístico intercontinental (ICBM), que atingiu o mar do Japão. A informação é da Agência Télam.

O Exército norte-coreano disparou o projétil às 9h40 do horário sul-coreano (21h40 de ontem em Brasília), a partir da base aérea de Panghyon, na província de Pyongan do Norte. A informação foi confirmada por Seul e Tóquio.

Horas depois, o anúncio lido na emissora KCTV pela locutora encarregada das notícias mais importantes para o regime, Ri Chun-hee, indicou que se trata de um ICBM batizado Hwasong-14. O míssil alcançou altura máxima de 2.802 quilômetros (km) e percorreu 933 km em 39 minutos.

“A República Popular Democrática da Coreia [nome oficial do país] se converteu em um importante poder nuclear com o ICBM mais poderoso, capaz de atacar qualquer parte do mundo”, afirmou a apresentadora.

Se confirmado, o ensaio suporia um avanço importante no programa armamentista norte-coreano. O líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou, no princípio do ano, que pretende desenvolver mísseis ICBM (projéteis que chegam de percorrer mais de 5,5 mil quilômetros) capazes de carregar bombas nucleares.

O Ministério da Defesa Russo declarou que o míssil não tem alcance intercontinental. “Os parâmetros de voo corresondem ao de um míssil de alcance médio, e não intercontinental”, afirmou a pasta em comunicado. “O projétil se elevou a uma altura de 535 km, percorreu 510 km e caiu na parte central do mar do Japão”, acrescentou o texto.

Fonte: Agência Brasil

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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