Coreia do Norte lança novo míssil

País se define como “potência nuclear responsável”

A Coreia do Norte informou hoje (29) que testou ontem (28) um novo míssil balístico intercontinental (ICBM), que segundo Pyongyang, tem alcance sobre toda a área continental dos Estados Unidos.

O lançamento bem sucedido do projétil acontece uma semana depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter recolocado o país asiático na lista das nações que “apoiam o terrorismo”, o que permite a sanção de novas medidas contra a Coreia do Norte. Esse foi o primeiro lançamento desde setembro, quando Pyongyang realizou o sexto, e maior teste nuclear ao longo do ano.

O chefe americano do Programa de Não-proliferação Nuclear do Instituto de Estudos Internacionais, Jeffrey Lewis, afirmou que, para os americanos, vai ser necessário conviver com a capacidade norte-coreana de atingir os Estados Unidos com armas nucleares.

Segundo a Coreia do Norte, o míssil atingiu 4.475 km de altitude e percorreu por cerca de 950 km, durante cerca de 50 minutos. O teste representa a maior distância já executada por um projétil produzido no país, sendo que o míssil caiu próximo ao Japão.

O governo do país se define como uma “potência nuclear responsável”, e reforçou que as medidas de avanço no programa nuclear têm como objetivo, defender o país da “política de chantagem e da ameaça nuclear dos imperialistas dos EUA”.

Com informações da Agência Reuters

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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