Coreia do Norte explode estradas e agrava tensão com o Sul

A Coreia do Norte explodiu, nesta terça-feira, 15, trechos das estradas Gyeongui e Donghae, que conectam as duas Coreias, agravando ainda mais a situação tensa na península. As explosões ocorreram ao meio-dia, no horário local, e foram acompanhadas por movimentações de máquinas pesadas no local, segundo o Estado-Maior Conjunto (JCS) da Coreia do Sul. Embora essas vias não estivessem em uso há anos, sua destruição carrega um forte simbolismo de rompimento das poucas ligações restantes entre os dois países.

A resposta da Coreia do Sul foi imediata, com operações de artilharia realizadas ao sul da linha de demarcação militar que divide os dois territórios. As autoridades sul-coreanas afirmaram que estão monitorando atentamente os movimentos militares do Norte e mantendo uma postura de prontidão em cooperação com os Estados Unidos. A tensão entre os dois lados aumentou ainda mais após Pyongyang ter acusado o Sul de enviar drones com propaganda sobre a capital norte-coreana, Pyongyang.

Desde o início do ano, Kim Jong-un tem adotado uma postura mais agressiva, afirmando que a Coreia do Sul é o “principal inimigo” e ordenando a instalação de minas terrestres, barreiras antitanque e mísseis nucleares próximos à fronteira. Em janeiro, Kim abandonou oficialmente a política de buscar a reunificação pacífica, alegando que as relações intercoreanas são agora um confronto entre dois estados beligerantes.

A destruição das estradas faz parte de um movimento maior de isolamento. Em uma declaração divulgada em 9 de outubro, o Exército Popular Coreano anunciou que todas as conexões restantes entre os dois países seriam cortadas como medida de segurança nacional. Pyongyang justifica suas ações como resposta aos exercícios militares conjuntos realizados pela Coreia do Sul e à presença de ativos estratégicos dos EUA na região.

Analistas veem as explosões como mais uma tentativa de Kim de transferir a culpa pelo fracasso econômico de seu regime, legitimando o alto custo de seus programas militares e nucleares. Além disso, o estreitamento dos laços entre Coreia do Norte e Rússia nas últimas semanas tem causado preocupação no Ocidente, alimentando receios sobre uma possível intensificação dos esforços militares norte-coreanos.

As explosões e a retórica agressiva de ambos os lados mostram que a situação na península coreana continua extremamente volátil, com riscos crescentes de confrontos diretos entre as duas nações, que tecnicamente ainda estão em guerra desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953.

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Papa Francisco celebra missa de natal e inicia Jubileu de 2025

No dia 24 de dezembro, o Papa Francisco presidiu a tradicional Missa do Galo na Basílica de São Pedro, no Vaticano, marcando o início do Jubileu de 2025. Esta celebração foi especialmente significativa, pois o pontífice também abriu a Porta Santa, um gesto que ocorre apenas em anos jubilares.

A Missa do Galo, celebrada na véspera de Natal, é um dos momentos mais sagrados do calendário católico. Nesta ocasião, o Papa Francisco refletiu sobre a esperança trazida pelo nascimento de Jesus Cristo. “Jesus é a nossa esperança”, destacou o Papa, enfatizando a importância de manter a porta do coração aberta para a grande esperança que é o menino Jesus.

A abertura da Porta Santa é um rito solene que inclui a proclamação de uma leitura do Evangelho de São João, especificamente o versículo “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo” (João 10:9). Este gesto simbólico convida os fiéis a atravessar a Porta Santa com fé, buscando a indulgência plenária, um perdão por seus pecados.

História do Jubileu

O Jubileu, que começou no ano de 1300 a pedido do Papa Bonifácio VIII, é um período especial de reflexão e penitência para a Igreja Católica. O Jubileu de 2025 será marcado por várias celebrações, incluindo a abertura de portas santas em outras basílicas do Vaticano, como a Basílica de São João de Latrão no dia 29 de dezembro e a Basílica de Santa Maria Maior no dia 1º de janeiro.

As portas santas serão fechadas no dia 28 de dezembro de 2025, encerrando o Jubileu. Este período é uma oportunidade única para os fiéis se aproximarem da Igreja e buscar a graça divina.

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