Coreia do Norte diz estar pronta para testar míssil intercontinental

A Coreia do Norte afirmou hoje (31) que está pronta para realizar um teste de um míssil balístico intercontinental (ICBM) “a qualquer momento”. A informação é da agência de notícias EFE.

As forças armadas norte-coreanas “estão prontas para a realização de um teste real de um ICBM a qualquer momento e em qualquer lugar, apenas aguardando uma ordem do líder supremo” Kim Jong-un, segundo informa um artigo do jornal Rodong Sinmun, órgão oficial do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.

O próprio Kim Jong-un disse em seu anúncio de Ano Novo que o país estava na fase final do desenvolvimento de um míssil deste tipo, que, no futuro, pode alcançar o território americano com uma arma nuclear, o que daria ao regime recurso importante para a sua sobrevivência.

No texto divulgado pela agência estatal KCNA e em que o regime de Pyongyang analisa o teste americano, os norte-coreanos afirmam que nenhuma força estrangeira poderá parar os avanços do país asiático, “uma potência nuclear e de mísseis no Oriente”.

A Coreia do Norte disse que seguirá fortalecendo sua capacidade de “autodefesa” diante da “política hostil” dos Estados Unidos e advertiu que o governo do presidente Donald Trump tome “a decisão correta” já que se encontra “entre a vida e a morte”.

A mensagem de Pyongyang chega um dia depois de Washington ter realizado, com sucesso, em sua costa ocidental, um teste de intercepção de um míssil balístico intercontinental, no meio da crescente tensão militar com a Coreia do Norte.

Fonte: Agência Brasil

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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